Ao conhecer os últimos acontecimentos, percebo dois sentimentos: o primeiro BOM, cheio de alegria por notar o alto nível de consciência e profissionalismo dos servidores que se manifestam, deixando claro que não aceitam trocar sua dignidade por migalhas. O segundo é muito RUIM, decepcionante, pois os fatos narrados vêm despertando emoções há muito adormecidas.
Quando sentamo-nos à mesa de negociação na época da famosa RECOMPOSIÇÃO SALARIAL, sabíamos que tão logo a pauta fosse reformada, acabaria a trégua e a tolerância e seria ressuscitada a vaidade e a necessidade de se manter os tradicionais valores, mesmo que obsoletos.
Apesar de todo o passado de lutas e poder de mobilização do Sindipol/DF, não permitiram que fizéssemos parte desse Grupo (salvador – MÉDICO ou matador – MONSTRO), pois a Direção Geral entendeu que deveria nomear outros servidores, mesmo que antes não tivessem demonstrado conhecimento ou interesse pelo assunto.
Notem que a Fenapef, única entidade que representa os sindicalizados, consulta os sindicatos sobre o assunto, com o intuito de saber o que pensam às respectivas bases, solicitando até que se convoquem assembléias para deliberar se podem deixar de lado o projeto inicial e partir para outros.
O Sindipol/DF não submeterá os sindicalizados a propostas indecorosas, pois merecem respeito. Convocar Assembléia para informar que os delegados não aceitam CARREIRA seria redundante e indagar se aceitam trocar sua decência por alguns reais, poderia soar como oferecer propina a um tira honesto.
Em Brasília é rotina consultar o pensamento do sindicalizado, independente do grupo de Trabalho haver finalmente sido formado. Enquetes eletrônicas fazem parte da dinâmica do sindicato e sempre apontam para a evolução na CARREIRA. Que, aliás, todos sabem que não existe.
Então se a carreira não é única e os delegados e peritos estão em outra carreira, não deveria haver subordinação nem tampouco hierarquia, pelo menos na forma como existe hoje.
Trago como exemplo para ilustrar a mente dos doutores e juristas, a MAGISTRATURA, O MINISTÉRIO PÚBLICO E OS DELEGADOS DE POLÍCIA – Não há que existir qualquer tipo de subordinação, apesar de trabalharem vinculados na persecução criminal.
Se esse famoso grupo de trabalho decidir que não haverá CARREIRA ÚNICA e nem CARGO ÚNICO, deverá eticamente decidir que então nunca mais haverá hierarquia e subordinação, da forma como atualmente é aplicada, que inclusive apóia o CONCURSO PARA CHEFE, mesmo sem competência e aptidão.
Caso esse brilhante grupo de trabalho chegue a mais brilhante ainda conclusão de que o cargo não deve ser único, então deverá respeitar as características particulares de cada cargo, determinando inclusive que os delegados nada façam a não ser presidirem inquéritos policiais, pelo menos enquanto não for extinto.
De sobra, já que os delegados conseguirão finalmente se tornar membros de uma CARREIRA JURÍDICA, então que os AGENTES naturalmente sejam os responsáveis pelas investigações propriamente ditas com suas operações policiais, em todas as fases, da Coordenação à Execução.
Nada mais justo, pois os agentes são os reais PERITOS em investigação, e por falar nisso, percebo que seria justo então que os AGENTES passassem a perceber os subsídios como os PERITOS CRIMINAIS, assim não mais existiriam brigas ou tentativas de indexação salarial com os Delegados, que poderiam livremente buscar suas prerrogativas, até financeiras fora da polícia, sem oposição.
Essas palavras ficam para reflexão e tenho certeza representará o pensamento de muitos. NÃO SOMOS MEROS AUXILIARES. NÃO SOMOS BRINQUEDOS NAS MÃOS DOS VAIDOSOS E EGOÍSTAS, NÃO PERMITIREMOS QUE NOS VENDAM, NÃO ACEITAMOS MIGALHAS.
SOMENTE ACEITAREMOS MUDAR SE FOR PARA MELHOR.
UNIDOS SEREMOS MAIS FORTES
OFÍCIO DA FENAPEF
OFÍCIO RESPOSTA DO SINDIPOL/DF À FENAPEF
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