Fonte: Jornal Coletivo
A Polícia Federal de todo o País promove, hoje, a Marcha pela Reforma da Polícia Federal. O objetivo é chamar a atenção da sociedade e dos governantes para mudanças na estrutura da PF e modernização da investigação criminal. Os policiais federais se referem à marcha como um grito de socorro por melhorias e motivação para a categoria. “Esperamos com essa manifestação acabar com as burocracias e conscientizar a todos sobre o que acontece dentro da polícia”, explica o diretor de Comunicação da Federação Nacional da PF (Fenapef), Renato Figueiredo.
Além da reforma, a categoria espera mais investimentos na capacitação dos servidores e nos recursos materiais da entidade. A manifestação começou, às 9h, em frente à sede da Polícia Federal e seguiu em direção ao Congresso Nacional, onde será lançada oficialmente a Frente Parlamentar em apoio pela Reestruturação da Polícia Federal seguido de um almoço.
Às 10h30, já havia cerca de 500 policiais, entre agentes, escrivães e papiloscopistas no local. Segundo Renato Figueiredo, mesmo com a marcha, as atividades da Polícia Federal seguirão normalmente durante o dia, sem nenhuma alteração ou prejuízos à população. Somente em São Paulo houve paralisação. A categoria reúne, atualmente, em Brasília, um número de 13 mil sindicalizados.
A Frente Parlamentar lançada hoje será formada por oito parlamentares. Quem irá coordená- la será o deputado federal Otoniel Lima (PRB-SP). Ela tem por finalidade discutir a atual situação daqueles que trabalham na Polícia Federal e busca promover mudanças significativas na estrutura orgânica e de carreira.
Uma pesquisa realizada pela Fenapef aponta que, por ano, 260 policiais federais abandonam a sua função em busca de carreiras valorizadas. Renato conta que os policiais se encontram desmotivados com as condições de trabalho, sem falar nos alarmantes índices de doenças psíquicas, desmotivação e eté suicídio na grande base de agentes, escrivães e papiloscopistas, policiais federais de nível superior desde 1996. O que, segundo o diretor de comunicação da Fenapef, reflete um ambiente de trabalho doente e que necessita de melhorias.
Falta de plano de carreira
Profissionais experientes não ascendem, não assumem cargos de chefias e não têm oportunidades de passar adiante suas vivências. Nos melhores órgãos policiais do mundo, a experiência e a competência são os critérios para assumir chefias. Os policiais também vão pedir algumas mudanças nos procedimentos de investigação criminal. Atualmente, nas investigações não existe a figura do investigador na cena do crime.
“Esperamos com essa manifestação acabar com a burocracia e conscientizar a todos o que acontece na PF”.
Renato Figueiredo
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