A investigação de supostas contas no exterior, que envolvem nomes como o presidente Lula e do Diretor Geral da Polícia Federal – Paulo Lacerda, teve mais um agravante, a Polícia Federal se mostrou insatisfeita com a descoberta de um encontro entre o banqueiro, Daniel Dantas, e o ministro da justiça, Marcio Thomaz Bastos.
Na quinta feira passada foi publicada reportagem sobre uma suposta negociação do Planalto com Daniel Dantas, o que levantou suspeita sobre um acordo de passividade ente o governo e o banqueiro. Para Polícia Federal esse encontro pode repercutir no abafamento do caso, justamente as vésperas do depoimento de Dantas, que está previsto para essa semana.
O encontro entre o banqueiro e Bastos ocorreu na casa do senador Heráclito Fortes (PFL-PI), apontado como defensor do banqueiro nas investigações. Também estiveram presentes os deputados Sigmaringa Seixas (PT-DF) e José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), conhecidos como integrantes do quadro de juristas da bancada.
A assessoria do ministro confirmou o encontro, mas negou que houvesse qualquer acordo. O propósito da reunião teria sido para que o banqueiro dissesse que não encomendou o dossiê, supostamente feito por um ex-agente da Kroll, multinacional que atua na área de investigação. O banqueiro foi denunciado por corrupção ativa, quebra ilegal de sigilo telefônico, violação de sigilo bancário e formação de quadrilha à Justiça Federal. Se for condenado, ele pode pegar até nove anos de prisão.
Fonte: O Estado de São Paulo
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