O técnico de enfermagem Abraão José Bueno, de 28 anos, deve ser indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado. A Polícia Federal (PF) já tem provas materiais e testemunhais suficientes para responsabilizar o técnico, que trabalhava no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por, pelo menos, seis casos de crianças que receberam medicamentos que provocavam paradas respiratórias. Bueno foi preso na última sexta-feira acusado de ter sedado ao todo 15 crianças internadas.
De acordo com a direção do hospital, era o próprio Bueno pedia socorro médico para os pacientes depois de injetar medicamentos e constatar a parada respiratória. As vítimas têm entre 1 e 10 anos. O técnico trabalhava ainda na UTI pediátrica do Miguel Couto e na emergência do Albert Schweitzer.
Ontem, a Justiça Federal prorrogou a prisão temporária do técnico por mais 30 dias. A polícia quer investigar a atuação do acusado no Hospital Miguel Couto, da rede municipal, onde oito crianças internadas no CTI pediátrico morreram somente este ano. O chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, determinou que a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) reúna em uma mesma investigação as informações sobre as mortes de duas crianças, pacientes do IPPMG. Todas informações serão passadas à PF.
O diretor do instituto, Antônio José Ledo, que criou uma comissão de acolhimento para prestar assistência a famílias de crianças que estiveram internadas na unidade, garantiu que, se ficar comprovada a culpa do técnico de enfermagem nos 15 casos que estão sendo investigados de crianças que tiveram paradas respiratórias, os pais das vítimas serão indenizados.
nov
16
Comments are closed.