Fonte: Portal Jornal do Povo
Os policiais federais de Três Lagoas participaram, na tarde de ontem, de uma reunião com membros da diretoria do Sindicato dos Policiais Federais do Mato Grosso do Sul. O encontro teve como objetivoapresentar para o presidente do órgão, as principais dificuldades dos agentes em Três Lagoas e definir detalhes sobre as próximas paralisações.
O presidente do sindicato, Jorge Caldas, aproveitou a presença da imprensa, para explicar os principais objetivos das manifestações que estão ocorrendo em todo o país. “São várias as razões que levaram os policiais federais a reivindicarem melhorias. Uma delas é a necessidade de se valorizar os cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas que tem nível superior de ensino e que são remunerados como de nível médio, isso não pode continuar. Sem falar dos rendimentos salarias que estão defasados”, enfatizou Caldas.
O presidente também destacou que, no caso de Três Lagoas, a Polícia Federal precisa de mais estrutura. “Desta forma é difícil trabalhar, veja como está à parte externa do prédio, cheia de caminhões apreendidos em operações, e que não tem um lugar adequado para ficar, isso prejudica o trabalho. O certo seria leiloar estes produtos apreendidos e reverter o valor recebido, para melhoria na estrutura da PF. Outra coisa que deve ser destacada é o baixo número de agentes, Três Lagoas é uma cidade que fica na divisa de estado o contingente deveria ser maior”, afirmou Jorge.
Durante a reunião, o agente Victor Figueiredo que tem quase 20 anos como policial federal, apontou as principais dificuldades que eles enfrentam na região de Três Lagoas e também falou sobre a forma com que se dará a participação deles nas próximas paralisações, previstas para ocorrem nos dias 25 e 26 deste mês. “Nós precisamos organizar melhor isso até mesmo para não comprometer o trabalho dos agentes e a questão de passaportes e outros serviços. Em algumas regiões, trabalham apenas 30% do efetivo, mas por aqui não dá pra ser assim, essa quantidade seria muito pequena e iria comprometer até mesmo a segurança dos policiais”, disse Figueiredo.
Sobre a interrupção dos trabalhos, o presidente do sindicato afirmou que a área investigativa será sim comprometida. “A partir do momento que o policial para, o prejuízo já acontece de imediato, nosso efetivo é pequeno, não tem como não prejudicar, mas temos que reivindicar melhorias, pois nosso trabalho já é prejudicado e já faz muito tempo. Esse modelo de segurança pública falido precisa ser discutido e revisado, com todas as instituições e toda sociedade brasileira, porque de modo geral, a população não suporta mais a situação que a segurança do país se encontra”, finalizou.
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