Fonte: O Documento
Agentes da Polícia Federal de Mato Grosso fazem manifestação em frente hotel em Cuiabá, onde o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PC do B), participa de um encontro com autoridades responsáveis pela Copa na Capital. A categoria anuncia greve gradativa e geral da PF e possível paralisação durante os jogos do mundial.
“Nosso efetivo é ridículo e insuficiente garantir a segurança das oito delegações que viram para a Copa”, afirma presidente do movimento grevista pontuou presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso, agente federal, Erlon José de Souza.
A manifestação feita na manhã desta terça-feira (11) teve a representação de um boneco, representando, um policial federal deitado numa maca de UTI e outro boneco representando a morte. Cartazes e camisas pretas usadas pelos agentes estavam escritos: “SOS Polícia Federais”, sintetizando da indignação.
Segundo Souza, hoje (11) inicia uma turma de PF na academia de polícia que estará pronta depois dos jogos da Copa. “Se o governo não negociar, nós faremos greve durante a Copa do Mundo! Só pedimos o que é nosso por direito, pelo policial federal”, afirmou o presidente do agentes.
O escrivão da polícia Federal e membro da diretoria do sindicato, Paulo Gomes, disse ao site ODocumento, que principais demandas do movimento é a reestruturação da PF com o aumento de efetivo e atualização salarial. “Nós não temos aumento salarial há sete anos e o governo não sinaliza nenhuma negociação”.
Gomes , disse que a próxima paralisação já está definida para o dia 25 e 26 de fevereiro, em março terá outra paralisação em outros 3 dias sem data definida e assim sucessivamente, até o período da Copa.
A categoria aproveita a presença do ministro e da presidente Dilma Roussef, que está em Lucas dos Rio Verde, em Mato Grosso, para reivindicar a reestruturação salarial, melhores condições de trabalho e principalmente o aumento de efetivo. Em Mato Grosso atualmente são 320 agentes que atuam em todo o estado, incluindo os agentes administrativos. A maior carência do estado está no município de Cáceres, 225 km à Oeste de Cuiabá, somente 42 policiais atuam na cidade que faz fronteira com a Bolívia.
Os servidores alegam que a falta de acordos com o Governo Federal é uma espécie de castigo pelas operações anticorrupção que incomodam o governo, a exemplo do Mensalão.
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