Fonte: Agência Sindipol/DF
Depressão, dores inexplicáveis, palpitações e tremores, insônia, sonolência, entre outros sintomas que levam o trabalhador a perder a vontade de exercer a sua função podem estar associados ao assédio moral cometido nas instituições. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 42% da população brasileira já sofreu alguma forma de assédio moral no Brasil.
De acordo com o estudo, na região sudeste, a taxa é de 66% e na região sul 21%. Conforme o Núcleo de Promoção da Igualdade de Oportunidade e de Combate à Discriminação no Trabalho da DRT/SP, 90% das denúncias recebidas pelo órgão são por assédio moral.
O trabalhador que sofre desse mal nas empresas acaba perdendo a produtividade por exposição às condições degradantes, com posturas não éticas e abusivas, ocasionadas por repetição, com hostilidade pelo superior ou colega de trabalho.
Casos na PF
A inércia, tanto do Ministério da Justiça, quanto da Secretaria de Direitos Humanos do Departamento da Polícia Federal (DPF) e do DPF é um exemplo sobre como não debater e buscar soluções para esses tipos de problemas na categoria, para buscar qualidade vida e serviço para os /policiais federais.
E o problema da Polícia Federal pode ser explicado, em grande parte, pela hierarquia imposta pela Lei 4878/65, contemporânea do Ato Institucional nº 2 da Ditadura Militar. Acredita-se que a gestão da PF tem sido o maior fator de problemas psiquiátricos e não o trabalho exercido por agentes, escrivães e papiloscopistas.
Dados da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) demonstram que mais de 30% dos policiais confirmam a passagem por tratamento psiquiátrico ou psicológico, sem contrapartida de atendimento médico. Há apenas 14 psicólogos e 13 psiquiatras no DPF.
Entre 2 mil profissionais entrevistados, 87% estão insatisfeitos com o trabalho, 97% com a falta de oportunidade de crescimento na carreira e 76% pela ausência de liderança da chefia. Fora os últimos 20 suicídios de policiais, principalmente, entre a classe de agentes, escrivães e papiloscopistas, incentivados, também, pela insalubridade e as longas jornadas de trabalho.
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