Fonte: SINPEF/PR
O SINPEF-PR não pode deixar de externar e defender a operação Lava Jato, que carrega em seu bojo não apenas o árduo trabalho dos Policiais Federais, Poder Judiciário, Ministério Público Federal, mas o anseio da sociedade brasileira em ver o Brasil passado a limpo.
Todavia, não compactuamos com qualquer tipo de irregularidades, venha de onde vier e seja praticada por quem quer que seja. Este é o espírito basilar que engrandece o Departamento de Polícia Federal e que rege a conduta dos Policiais Federais.
Nesse sentido, são muito graves os fatos narrados pelo Agente de Polícia Federal DALMEY, cuja imprensa passa a noticiar. Destacamos que referido policial é, sem dúvida, dos mais respeitados e qualificados do país.
O conteúdo de suas declarações fere gravemente a alma dos policiais federais. Sua apuração deve ser imediata, célere e isenta. Não aceitamos, em qualquer hipótese, a prática dos fatos por ele narrados. Esta não é conduta dos Policiais Federais do Brasil.
Nosso trabalho não tem outro alicerce se não a Constituição da República, com olhos fixos nas garantias nela prevista, que são objeto do nosso imenso respeito e observância, nas mais rotineiras atividades por nós desenvolvidas.
Para tanto, gostaríamos de deixar claro que a escuta encontrada no “fumódromo” na escadaria do 2º andar do edifício sede da Polícia Federal no Pr NADA TEM A VER COM A OPERAÇÃO LAVA JATO. Primeiramente, por não dar acesso ao andar aonde se desenvolvem os trabalhos da operação, bem como a distância física entre o espaço destinado ao “fumódromo” e as salas onde se desenvolvem a operação. No local, onde os policias se reúnem para tomar cafezinho e fumar, não há trânsito de pessoas de fora, muito menos daqueles policiais envolvidos com a operação Lava jato. É lá que ocorrem debates democráticos e um dos poucos espaços livres do conturbado ambiente interno reinante hoje na Superintendência do Paraná. Quem colocou a escuta naquele local só poderia estar querendo “bisbilhotar” sobre críticas ou fatos que vem ao longo dos últimos 2 anos criando um ambiente de discórdia e pressão sobre servidores que sempre trabalharam com denodo e dedicação e hoje estão desanimados quanto à degradação do ambiente de trabalho a que estão submetidos todos os dias.
Assim, o SINPEF-PR solicitou ao Ministro da Justiça e ao Diretor Geral da Polícia Federal que procedam uma investigação urgente, isenta e reveladora das verdadeiras intenções de quem possa ter ordenado a instalação de tal equipamento, uma vez que este Sindicato pretende tomar todas as medidas cabíveis para sanar a indignação e a honra dos policias federais lotados nesta Superintendência.
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