Fonte: Agência Fenapef
A Diretoria de Gestão de Pessoal providenciou no final da tarde desta quinta-feira, 13, o novo processamento do concurso de remoções com a inclusão das novas vagas e retificação do resultado final do concurso. A medida visa corriir o ato do DPF que havia divulgado na quarta-feira, 12, a relação de vagas e localidades a serem escolhidas pelos futuros policiais, que esta semana concluíram o curso de formação profissional, na Academia Nacional de Polícia (ANP), em Brasília. O problema é que foram abertas vagas para os recém-formados, sem que antes fossem disponibilizadas aos servidores que já estão no órgão e participaram do último concurso interno de remoção, cujo resultado foi divulgado no dia 7.
Conforme e-mail enviado pelo diretor-geral Leandro Daiello a correção beneficiou 29 policiais, sendo que seis passaram a integrar a lista de contemplados com remoção e outros 23 obtiveram melhores lotações, dentre as opções indicadas como opções. O diretor explicou que a medida foi tomada para “não prejudicar os policiais federais que há muito desempenham suas funções em regiões de fronteira” e o seu compromisso “em compatibilizar um serviço público de qualidade com o bem estar de seus servidores”.
Durante todo o dia de ontem a Fenapef trabalhou junto ao DPF para que a retificação fosse feita.
ENTENDA O CASO – No total, 514 novos policiais federais serão nomeados e em breve devem ser empossados nos cargos de agente e papiloscopista, nas dezenas de unidades da PF, a maioria em regiões de fronteira, de Norte a Sul do País.
Se fosse mantida nos moldes em que foi divulgada na quarta-feira, 12, a medida contrariaria a instrução normativa expedida pelo diretor-geral da PF, em julho deste ano, que dispõe sobre a remoção, movimentação e disciplina o concurso de remoções de servidores do órgão. A norma prevê que as vagas nas unidades de lotação dos candidatos aprovados no curso de formação da ANP serão previamente disponibilizadas aos servidores mediante concurso de remoção.
VAGAS – A inclusão de vagas adicionais, que deveriam ter sido previstas no concurso de remoções, gerou insatisfação entre dezenas de servidores, que não foram contemplados com as localidades escolhidas. Para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu, por exemplo, foram oferecidas apenas cinco vagas no concurso de remoção, para os servidores do cargo de agente da PF. Outras 14 vagas foram abertas para os policiais federais recém-formados, enquanto vários policiais que tinham como opção a unidade em Foz não conseguiram uma vaga.
Outra discrepância ocorreu no número de vagas para superintendência regional do órgão em Belém/PA. No concurso de remoção, foram oferecidas apenas sete vagas, enquanto para os futuros policiais estão sendo disponibilizadas 16 vagas para capital paraense.
De acordo com um servidor da ANP, o órgão já teria recebido notificações de decisões judiciais liminares, de ações impetradas por servidores que se sentiram prejudicados pela inesperada abertura de novas vagas, sem prévio conhecimento dos participantes do concurso de remoções.
A Agência Fenapef entrou em contato com a Divisão de Comunicação Social do órgão, para obter informações detalhadas sobre o caso. Até o fechamento da reportagem, a assessoria não havia retornado.
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