Por: Renato Rita Caon
É comum ouvir pessoas dizendo: “mas fulano é assim porque está no seu DNA”. Afinal, o que é verdadeiramente o DNA na concepção social, porque ele influencia toda uma geração, ou um grupo ou uma pessoa, que parece incapacitada de lutar contra suas próprias vicissitudes porque nasceu já com elas cravadas no seu corpo, na sua mente.
Na minha concepção social (não sou engenheiro molecular e nem médico), o DPF, por exemplo, possui um DNA social que necessita urgentemente de implante de células-tronco.
Já dizia há muito tempo que sou a favor de uma renovação, de gente nova, justamente para quebrar velhos e rançosos paradigmas que impedem o crescimento da instituição e trazem um ambiente de intranqüilidade e perseguições.
Um dia desses, lendo um artigo do Centro de Criogenia Brasileiro, responsável pelas pesquisas sobre células-tronco, me deparei com a analogia que se pode fazer entre o DNA humano, que traz o indivíduo predisposto a vários problemas, contra os quais não consegue lutar. O texto daquele este centro de referência dizia que, num transplante de medula óssea, o mais incrível nem era a cura. A força do DNA é tanta que o transplantado tem o seu tipo sanguíneo modificado.
Com certeza, muita coisa deve mudar, até porque depois de salvos alguns dizem que após verem a morte quase certa mudam suas vidas e começam a valorizar mais as amizad. Enfim, tudo que a vida lhes ofereceu de graça e foi preciso estar perto do fenecimento para se darem conta da sua importância.
Pensei comigo: isso serve exatamente a Policia Federal, já que nosso DNA remonta aos tempos ditatoriais. Também que não importam cabeças novas, comprovado esta nos novos delegados, se não que precisamos de uma injeção legal de células constitucionais ou ordinárias.
As constitucionais seriam uma espécie de obediência apenas, porque já existem, apenas estão sendo impedidas de atuar por força dos DNAs ditatoriais. Então, o que nos resta é um implante via hospital do Supremo Tribunal Federal. Isso se tem dito, nunca deu certo. Parece que mesmo moribundos têm medo dos efeitos colaterais.
O que me chama atenção é ainda sobre o DNA, que tanto se parece como de qualquer ser humano. A chegada dos novos veio com o histórico da família. Vale dizer: nada mudou, segue agindo a deformação das células ruins pela origem de um DPF autoritário e injusto. Os delegados não querem o transplante, os novos vêm deformados e os velhos não querem mudar seu tipo sanguíneo. O que fazer?
Esta questão é complicada porque todos sabem que sem uma autorização não se colhe DNA de ninguém. O que acontece no DPF não é só uma questão de possuir um DNA ruim. Muitos doentes não querem a cura. É como um vício. Já está comprovado que alcoólatras e adictos de drogas já nascem predestinados a isso. Novamente o DNA!
Parece-me que quando alguém traz em seu DNA problemas que por conta própria não querem ou não podem se salvar, é da competência dos que não herdaram o sangue ruim tomar as providências. Afinal, para insanos existe a curatela e esta se consegue na justiça. Como advogado, fiz várias ações, em que o detentor de bens não tinha capacidade de geri-los e outra pessoa, filho ou parente próximo, assume para zelar pelo bem estar do curatelado!
No meu caso, basta um juiz togado de primeira instância e uns exames médicos que o comprovem. Já no caso do DPF, os exames estão prontos nas estatísticas, e a própria justiça que não pode ser a monocrática, mas quem pratica a jurisdição constitucional, a mais alta corte este País. Infelizmente, procuramos a cura desesperada através de “especialistas”, na maioria políticos. A manipulação genética, que deixa somente a parte sã das células, seja pela injeção de células tronco ou outro procedimento, não é vista com bons olhos pelos médicos. Porque, se der certo, acabam as doenças. Estão falidos.
Por isso, relembrando que ninguém pode colher o DNA de um paciente ou de qualquer pessoa sem sua autorização, e que no DPF uma parte infectada usa desta limitação (loucos acham que tem o DNA bom), como advogado, não vejo outro remédio que não a interdição e esta, repito, além de termos todas as provas para tanto, na lei maior, nas atrocidades que os malucos vem fazendo, só cabe mesmo uma interdição. Já teria feito, se não fosse limitado pela capacidade ativa, pois no STF não posso postular enquanto pessoa física, individual. Mas os doentes têm que ser interditados, sem sombra de dúvidas!
Renato Rita Caon é agente de Policia Federal aposentado, professor universitário e Mestre em Direitos Sociais e Políticas Publicas.
Fonte: Agência Fenapef
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