Mensalão
Jefferson confirmou todas as acusações que fez segundo as quais o PT pagava mesada mensal de R$ 30 mil a deputados do PL e do PP em troca de apoio político, mas não apresentou provas. O deputado disse jamais ter ouvido falar de mensalão nos governos anteriores, mas afirmou que desde agosto de 2003 é “voz corrente” no Congresso que Delúbio Soares, tesoureiro do PT, usava como “pombo-correio” o publicitário Marcos Valério para distribuir mesadas a deputados. Jefferson contou que recebeu a proposta de Delúbio no começo de 2004. Segundo ele, Delúbio teria usado a expressão “desencravar uma unha” para oferecer o mensalão, que teria sido recusado. O petebista segue dizendo que contou a Dirceu a história “umas seis vezes”, que contou a Palocci, e que muitos deputados de seu partido se sentiram tentados. Segundo ele, Luiz Piauhylino (PDT-PE) saiu do partido “por dinheiro”
Defesa de Lula
Jefferson diz que Dirceu montou um cordão de isolamento em torno de Lula e que, quando o presidente ficou sabendo do esquema, o mensalão acabou
Deputados que receberam
Jefferson não apresentou provas, mas encerrou seu discurso citando seis nomes de deputados que seriam os responsáveis em receber o dinheiro do mensalão e fazer a distribuição do dinheiro: Valdemar Costa Neto (presidente do PL), José Janene (PP-PR), Pedro Corrêa (PP-PE), Sandro Mabel (PL-GO), Bispo Rodrigues (PL-RJ), Pedro Henry (PP-MT)
ABIN
O presidente do PTB afirmou ter convicção de que agentes da Abin – chamados de “canalhas” – foram os responsáveis em fazer a gravação que gerou toda a crise política. Segundo ele, a reportagem da revista Veja que mostra a gravação em que o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho – indicado ao cargo pelo PTB – embolsa R$ 3.000 foi “coisa do governo, coisa da Abin”
DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM
Jefferson disse que foi vítima de um brutal linchamento de parte da imprensa e que vai “lavar a honra do partido”. Atribuíram fatos a mim que não existem para desconstituir a minha imagem. O inquérito [da Polícia Federal] está sendo conduzido politicamente porque tem que haver sangue.
O SAPO E O ESCORPIÃO
Alvo preferencial de Jefferson, o PT foi classificado por ele como o escorpião que fecha um acordo para atravessar o rio nas costas do sapo. Na fábula, o escorpião pica o sapo, afirmando que não pode contrariar a sua natureza, e ambos morrem afogados. “Essa gente do PT não é leal, nos usa como o sapo para atravessar o rio e sempre nos dão uma picadinha aqui e ali. Isso pode nos levar ao fundo do rio, mas levaremos junto esses escorpiões da cúpula do PT” disse.
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