O banco Opportunity afirmou à Folha que está “impedido” de informar dados sobre a conta bancária Tiger Eye. O banco também não esclareceu se o banqueiro Daniel Dantas é ou foi detentor de cotas no Opportunity Fund, nas ilhas Cayman.
O Opportunity voltou a dizer que “o Departamento de Justiça norte-americano não investiga o Opportunity” e que, “para efetuar o bloqueio, o departamento (…) baseou-se apenas nas informações fornecidas pelo juiz brasileiro”.
O banco alegou que não pode dar esclarecimentos à Folha sobre a conta em razão do decreto nº 3.810/ 2001, que promulgou o acordo de assistência judiciária entre os governos brasileiro e americano, e do decreto nº 5.015/2004, que promulgou a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional.
O advogado Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende o Opportunity, informou que não poderia responder aos pedidos de esclarecimentos sobre operações bancárias relacionadas ao Fund e a Dantas.
“Lamento não poder responder a suas perguntas, porque, seja sob o aspecto fático, seja sob o ângulo subjetivo, não é possível adentrar no mérito daquilo que me foi perguntado. Tais informações não pertinem aos meus clientes e eu não posso comentar o objeto da cooperação internacional”, informou o advogado.
Em reportagem sobre a conta do Opportunity nos EUA divulgada na última sexta-feira pelo jornal “Financial Times”, em seu site na internet, o BBH afirmou, segundo a publicação, que “após uma revisão dos fatos, nós acreditamos ter agido apropriadamente em relação ao nosso cliente [Opportunity]. Nós continuamos cooperando integralmente com o Departamento de Justiça dos EUA nos seus esforços para auxiliar as autoridades brasileiras na investigação deles”.
Comments are closed.