Um equipamento de identificação, desenvolvido por Papiloscopistas da Polícia Federal (PPFs), ganhou destaque nas ações de reconhecimento das vítimas do rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho, Minas Gerais.
Papiloscopistas Policiais Federais, peritos oficiais em identificação humana de natureza civil e criminal, auxiliam as forças de segurança locais na identificação das vítimas de Brumadinho, em Minas Gerais. O sistema Alethia, como é conhecido, é um equipamento portátil de identificação biométrica. Foi desenvolvido no Instituto Nacional de Identificação (INI), órgão da Diretoria Executiva da Polícia Federal. Ele faz o cruzamento das impressões digitais das vítimas encontradas com impressões armazenadas previamente em um banco de dados do próprio equipamento.
Por agilizar o processo de identificação; três segundos, em média para realização de uma identificação; e tornar mais simples a captura da impressão (basta que o dedo esteja limpo) o Alethia é uma novidade muito útil para identificar as vítimas localizadas na região atingida pela lama da barragem. A tecnologia utiliza a biometria das impressões digitais para certificação da identidade de pessoas.
Três Papiloscopistas Policiais Federais de Brasília foram designados para colaborar com a equipe de 19 PPFs do Núcleo de Identificação (NID) da PF de Minas, com o trabalho de reconhecimento. Marco Antonio de Souza; Papiloscopista Policial Federal diretor do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, especialista em perícia necropapiloscópica, um dos colaboradores com o protocolo para identificação de vítima de desastre – DVI desenvolvido pela PF; explica que a identificação de vítimas nesses casos pode se dar por três maneiras: impressões digitais, DNA e arcada dentária. Vestígios destes três processos são recolhidos num primeiro momento por profissionais das respectivas áreas. Mas somente um método é suficiente para individualizar alguém.
Marco Antonio ainda destaca que, apesar da identificação por impressões digitais ser o processo mais rápido, encontra limitação no estado de decomposição do corpo. Desta forma, esgotadas as possibilidade de identificação pelas digitais, os outros métodos serão empregados.
O Sistema
O Alethia começou a ser usado na identificação de estrangeiros dentro do controle migratório dos aeroportos do país durante as Olimpíadas de 2016. Contribuiu na identificação e certificação de agentes de segurança privada autorizados a trabalharem nos estádios durante a Copa do Mundo em 2014. Também contribuiu na identificação das vítimas brasileiras do acidente com o avião da Chapecoense, em 2016. Em 21 horas com o auxílio do sistema Alethia, no caso do avião da Chapecoense, a Polícia Federal conseguiu identificar a maior parte das vítimas brasileiras, dando uma rápida resposta aos seus familiares.
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