Celebrar o sexagésimo sétimo aniversário da Polícia Federal, é comemorar seis décadas vividas sob a égide do respeito pela dignidade da pessoa humana, de inserção do Brasil no núcleo das nações democráticas, integrada pelos valores que se pautam na democracia e no respeito pelo Estado de Direito.
Precisamente no dia 28 de março de 1944, foi criado o Departamento Federal de Segurança Pública, atuando, na época, apenas nos limites do Rio de Janeiro, quando a cidade era a capital do país. Em 16 de novembro de 1964, o DFSP recebeu atribuições para atuar em todo o território nacional e em 1967 teve o nome mudado para Departamento de Polícia Federal.
A comemoração desta efeméride nos faz sentir orgulhosos do simbolismo de respeito que hoje o órgão representa e confiantes de que a graça divina nos fará continuar trilhando o caminho do bem.
Hoje a Polícia Federal completa o seu 67º aniversário e é, agora, uma conhecida entidade institucional no fulgor da sua força. Tem a sua identidade própria, ergue-se com brio no quadro dos organismos policiais brasileiros e impõe-se por si própria na atual geografia policial.
Estamos orgulhosos por isso.
Mas nem tudo são flores nesta estrada. Há muitos espinhos, armadilhas e precipícios ao longo da trilha. Tal e qual a existência humana, a vida de uma instituição assemelha-se a um constante caminhar numa acidentada via, feita de coisas boas e de inusitados contratempos, de obstáculos e recompensas, dores e sorrisos, justiças e atropelos, compensações e mágoas.
Olhando para trás, podemos atestar que muito já fizemos. Os que nos antecederam cumpriram suas funções com muito comprometimento, dentro do seu espaço e do seu tempo. Mas ainda há muito por fazer!
Atualmente, a Polícia Federal, como instituição, carece de mecanismos que possam torná-la mais eficiente e uma estrutura organizacional moderna e que acompanhe as mudanças sociais.
Vergonhosamente, estamos há exatos 24.471 dias sem uma Lei Orgânica. A regulamentação administrativa e estrutural do órgão é uma premência.
Nas condições atuais e sem a necessária e profunda modificação via Lei Orgânica, o Departamento de Polícia Federal continuará sendo um órgão que navega qual um navio que aderna só para um lado.
Enfrentamos graves problemas de efetivo e não temos solução para os servidores subjudice. Tal déficit, multiplicado por anos a fio, acaba por se projetar num excesso de distribuição que começa a ser humanamente insuportável e a exigir uma solução definitiva para o problema.
Precisamos de uma polícia eficiente, equipada, autônoma, moderna e comprometida com a melhoria da segurança pública e do bem-estar da sociedade brasileira. Não abrimos mão de lutar por equipamentos modernos e planejamento tático como forma de evitar a dor e a tristeza de famílias enlutadas e colegas do cotidiano, mercê de operações deficientes e mal planejadas.
É urgente a solução para as precárias condições de trabalho dos nossos irmãos que estão abandonados nas regiões de fronteira. É preciso que as autoridades olhem com mais carinho para os obstinados servidores que atuam solitários nas mais inóspitas vastidões territoriais do país, notadamente na imensidão da Amazônia.
É preciso que haja um basta nas perseguições aos servidores, que tem sofrido arbitrariedades exatamente por lutarem por melhores condições de trabalho.
O que emerge, enfim, deste desenho em alto relevo é uma profunda aspiração de que, no futuro, a gente possa legar aos vindouros uma Polícia Federal forte, coesa e sem distorções funcionais.
Feliz aniversário, Polícia Federal!
A Diretoria.
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