SINDIPOL: Qual é a sua lotação atual?
RICARDO: Sou APF,chefio a sessão de Representação Facial Humana e minha lotação é RFH/SEPAP/INI/DITEC/DPF.
SINDIPOL:Quando você entrou no DPF?
RICARDO: Faz dois anos que estou na Polícia Federal, entrei em setembro de 2003.
SINDIPOL: Qual é a sua formação acadêmica?
RICARDO: Sou formado em Direito pela UPIS e em Ciências Contábeis pelo CEUB.
SINDIPOL: Antes do DPF, quais foram suas experiências profissionais?
RICARDO: Trabalhei 11 anos na Polícia Civil do Distrito Federal. Fui chefe do Setor de RF –Retrato Falado com o cargo de Perito Papiloscopista. Antes da PCDF, trabalhei na Embaixada Americana, no setor administrativo e também fui professor de Inglês.
SINDIPOL: Você acha que o seu talento é reconhecido?
RICARDO:Mais do que na Polícia Civil. Apesar da inadequação da estrutura atual do DPF, os horizontes são abissalmente maiores que qualquer órgão de segurança pública dos estados.
SINDIPOL: Você se sente realizado profissionalmente?
RICARDO: No primeiro estágio sim, mas quero ir mais longe. Faltam oportunidades para que todas as categorias possam crescer profissionalmente dentro do DPF.
SINDIPOL: O que você acha do nível de capacitação dos “chefes” no DPF?
RICARDO: Penso que deveria existir uma idade mínima – de 25 anos, tal como ocorre em alguns setores da magistratura, para cargos que gerenciam a liberdade dos cidadãos. No DPF, o representante do Estado que cuida deste bem tão valioso é o delegado de polícia. Ainda falta privilegiar a experiência do policial, a maioria viaja e trabalha muito e não têm tempo para estudar como aqueles que dispõem de dias inteiros para isso.
SINDIPOL: Quais são as vantagens de estar na sua lotação?
RICARDO: Fiquei em Brasília por convite do Diretor Geral, para que o setor RFH –Representação Facial Humana tivesse “novo ar”. Coordenei um grupo de professores na Academia Nacional de Policia para a formação de quase 400 papiloscopistas, com carga de 40 horas/aula. A convite e conveniência, poderei continuar a dar aulas lá. O que tiver de conhecimento, poderei repassar para as pessoas.Cumpri minha meta nesta lotação, acredito que satisfatoriamente.
SINDIPOL: Qual crítica você faria ao DPF?
RICARDO: O policial só volta à Academia após dez anos de Polícia Federal, um absurdo. E existem Policiais que estão no DPF pelo salário e/ou status, alguns acabam se “encostando” nos que querem trabalhar e se acomodam. Gosto do que faço.
SINDIPOL: O que você acha da atual estrutura do DPF?
RICARDO: Passou do tempo de mudar. Beneficia, um pequeno grupo, enquanto a grande massa de trabalho não tem o devido reconhecimento. Quem arrisca a vida são os policiais de todas as categorias. Falta força política para a Lei Orgânica funcionar. Há necessidade de revisão, para que acabe o êxodo de bons profissionais para outros órgãos do governo ou da iniciativa privada.
SINDIPOL: Na sua opinião como deveria ser a carreira no DPF?
RICARDO: Sou favorável à carreira única. Ascender de acordo com dedicação e afinidade. Numa visão macro, em nível de segurança pública, penso que o ideal seria a existência de apenas duas polícias: a dos estados e a polícia federal, ambas civis, tal como ocorre nos Estados Unidos, adaptadas à realidade brasileira.
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