A Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul encaminhará hoje (10) à Justiça Federal o inquérito da chamada Operação Tango. Foram indiciadas por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro as 13 pessoas presas no dia 11 de abril, em cinco estados brasileiros, integrantes de uma organização criminosa que vinha sendo investigada desde 2002.
Segundo o serviço de Comunicação Social da PF em Porto Alegre, o inquérito presidido pelo chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal, delegado Alexandre Isbarrola, está indiciando os líderes da organização, o argentino César Mendonza de cruz Arrieta e o gaúcho Roberto Fabrim; a advogada tributarista gaúcha Sônia Soder, mulher de Arrieta; Luiz de Almeida Abadie, também gaúcho; Sigfriend Franz Griesbach e Paulo Renato Primo, do RJ; Rosa Habibe e Levir Soares, de Brasília; Marcelo Batista e Ricardo Godoy, de Araçatuba (SP); Márcio José Pavan e René Cabral, de São Paulo, e Fábio Magno Fernandes, da Paraíba.
Deste grupo, continuam detidos no presídio central de Porto Alegre César Arrieta, Roberto Fabrim,Levir Soares, René Cabral e Márcio José Pavan. Os demais indiciados foram soltos por determinação judicial.
A organização criminosa atuava criando créditos tributários “frios”, que ofereciam a empresas com dificuldades financeiras, os quais seriam utilizados na compensação de obrigações fiscais. Os fraudadores também financiavam a compra dos créditos vendidos e emprestavam dinheiro às empresas, utilizando essas operações para lavagem de dinheiro obtido com o crime.
O grupo também promovia operações ilícitas, com o aval de instituições bancárias, na compra de créditos financeiros – tipo CBD – pagando ao aplicador um valor superior ao que ele receberia após o recolhimento do imposto de renda, assumindo o pagamento do tributo, mas não efetuando seu recolhimento. Tais operações apresentaram movimentação financeira de cerca de r$ 1,5 bilhão.
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