Policiais Federais se reúnem a partir de quarta Na semana em que se completa um ano da deflagração da Operação Rodin, a ação que desvendou uma fraude de R$ 44 milhões no Detran vai ser um dos temas de debate em um encontro da Polícia Federal Além de discutir a padronização de procedimentos no combate a crimes cada vez mais sofisticados, o encontro servirá para a PF marcar posição contra o uso limitado de algemas e grampos. O resultado das análises será compilado na chamada Carta de Santa Maria, que posteriormente será repassada às demais superintendências. – Serão discutidos casos concretos, de operações como a Rodin e a Toupeira (em que houve a prisão de membros da organização criminosa PCC na Capital, em 2006). Também queremos destacar a importância da integração entre nossas delegacias e com outros órgãos. A carta é uma forma de mostrar nosso exemplo ao país – diz o superintendente da PF no Estado, delegado Ildo Gasparetto. Outro foco do debate será a necessidade de adaptação da PF a novas tendências do Judiciário, no final de um ano em que a Polícia foi criticada por supostamente seguir uma linha de investigação mais política que técnica. O auge da tensão surgiu com a Operação Satiagraha, em julho, quando o banqueiro Daniel Dantas foi algemado diante das câmeras. Suspeitas do uso de técnicas não aprovadas durante a investigação inflamaram palpites sobre a atuação da PF. Ganharam força discussões sobre o uso de grampos e algemas e a exposição de presos. A PF encontrou nas reações do Judiciário e de outras instituições uma explicação: a PF estava chegando perto demais de quem sempre foi intocável. – A busca é por provas mais consistentes, que nos levem a mais prisões preventivas. Também se discute o enxugamento das operações, focando a investigação em menos pessoas para se ter inquéritos e processos mais céleres e afastar a sensação de impunidade – afirma Gasparetto. A abertura oficial do encontro será na quarta-feira à noite. O evento terá participação de representantes do Paraná e de Santa Catarina. O Sindipol/DF, na tentativa de barrar a determinação do STF em relação ao uso das algemas, foi a primeira entidade a impetrar uma ação no STF contra a súmula nº11. No entanto, a rápida decisão do Supremo em relação ao HABEAS CORPUS impetrado pelo sindicato, levou o Sindipol a entrar com um agravo regimental junto ao Tribunal, mas até o momento não houve uma decisão. Ascom com informações do Zero Hora
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