As informações do inquérito que apura as denúncias de suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares, o chamado “mensalão”, serão cruzadas com os dados do inquérito do Banestado, que investigou o esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro através desse banco. O delegado Luis Flávio Zampronha já conversou com o delegado responsável pelas investigações do Banestado, Paulo Roberto Falcão.
De acordo com informações da Polícia Federal, o cruzamento de dados será feito porque o nome do empresário Marcos Valério aparece nos dois inquéritos. Em 2003, Valério prestou depoimento à Polícia Federal no caso Banestado. Ainda segundo a PF, o inquérito apontou que ele teria feito movimentação bancária numa sub-conta de uma empresa americana chamada Beacon Hill.
O caso Banestado investigou a evasão ilegal de divisas para o exterior no período de 1996 a 2003, pelas chamadas contas CC-5, principalmente a partir de Foz do Iguaçu no Paraná. Esse tipo de conta foi criado pelo Banco Central para viabilizar a remessa legal de dinheiro. A movimentação de dinheiro entre abril de 1996 e março de 1999 alcançou cerca de US$ 30 bilhões.
jul
08
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