A partir de julho do ano que vem, agentes da Polícia Federal do Rio, São Paulo e Brasília vão usar um sistema de comunicação digital inovador – o Tetrapol – para integrar toda a polícia em rede. O esquema é composto de uma central de inteligência interligada a rádios móveis, com sistema de localização e identificação instantânea. A tecnologia está sendo estudada como modelo de comunicação padrão do esquema de segurança dos Jogos Pan-Americanos de 2007.
– O uso da criptografia impede que criminosos ou pessoas não-autorizadas invadam o sistema de comunicação da polícia ou que reutilizem os rádios roubados – lembrou o presidente da Tetrapol, Hubert Azémard.
O Tetrapol faz parte da primeira fase de investimentos em modernização de segurança da Polícia Federal. Os policiais serão treinados pela empresa franco-alemã European Aeronautic Defence and Space Company (Easd), fornecedora do padrão de tecnologia. Para isso, o Ministério da Justiça liberou US$ 18 milhões para a implantação do sistema de comunicação, que deve começar no fim do ano.
– A intenção é implantar o esquema em todo o país até 2010. Estamos à disposição dos órgãos de segurança para integrar as polícias o mais rapidamente possível – afirmou o chefe da divisão de planejamento e projetos da Polícia Federal, Paulo Martins Beltrão Filho.
Usado em 35 países, o Tetrapol tem destaque em eventos de grande porte e situações de emergência, pois é mais avançado do que o sistema de localização GPS e o de comunicação GSM. Os esquemas de segurança nos atentados terroristas de março de 2004 em Madrid, as reuniões de cúpula do G-8 e a Copa do Mundo de 1998 utilizaram essa tecnologia.
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