A Polícia Federal (PF) realizou ontem, no Sul de Minas Gerais e na capital paulista, uma megaoperação de combate às quadrilhas especializadas na adulteração de combustíveis com solventes. Cerca de 90 policiais federais, 22 fiscais da Receita Federal, oito promotores e cinco fiscais do Procon/MG percorreram cidades da região, fechando postos, prendendo suspeitos, aplicando multas e recolhendo material com suspeita de adulteração. Em setembro, Minas ocupou os primeiros lugares no ranking de combustíveis fora dos padrões no que se refere a óleo diesel e álcool hidratado, medido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A operação, chamada Chico Lins – homenagem ao promotor Francisco José Lins do Rego Santos, assassinado em 25 de janeiro de 2002, em Belo Horizonte, quando trabalhava contra a máfia dos combustíveis, no estado – começou no início da madrugada, quando a equipe da PF, deixou Belo Horizonte, rumo ao Sul. “Foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão sendo que 11 pessoas foram detidas. Elas ficarão à disposição da Justiça, durante cinco dias, na sede da PF, em Varginha. Acreditamos que o combustível estaria sendo adulterado em Minas Gerais, em locais que ainda não podemos divulgar”, declarou o comandante da operação, delegado Marcelo Eduardo Freitas. Mais de 16 mil litros de combustíveis impróprios para o consumo foram aprendidos, só no sul do estado. As multas aplicadas durante a operação chegaram a R$275 mil.
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