Todos que vem acompanhando o resultado das operações da Polícia Federal puderam perceber que algumas personalidades que contavam com enorme impunidade, foram obrigadas a descerem dos pedestais e tiveram que prestar contas à sociedade.
Algumas parcerias devem ser ressaltadas: Ministério Público, Receita Federal, Controladoria Geral da União, COAF etc, pois sem a troca de informações, certamente haveria muito mais dificuldade em se chegar ao resultado esperado, que é a desarticulação dessas quadrilhas que vinham atuando há muito tempo e lesando os cofres públicos.
Nesse contexto, deve ser ressaltado o papel fundamental da imprensa, que se incumbe de levar informação, atuando até como imprensa investigativa, ajudando a desmascarar os poderosos.
Pois bem, não fosse à publicidade das prisões, os poderosos meliantes não teriam porque se preocuparem com o desgaste de seus nomes e poderiam então continuar atuando, surrupiando o dinheiro que sai do bolso do contribuinte.
Os policiais Federais agora ouvem “chorosos” malfeitores ou cúmplices, que até mesmo por omissão ou prevaricação, tentam proteger os seus “companheiros”. Onde chegaremos? Será que o dedicado trabalho deve ser subjugado face ao poder corrupto do crime organizado?
Será que a sociedade admite que a Polícia Federal, que apesar de alguns tentarem usar politicamente, volte ao silêncio da mídia, apenas para proteger os que sempre atuaram delituosamente na surdina.
NÃO, NÃO E NÃO!!!!
A Polícia Federal atua para o Estado e, consequentemente, os Policiais Federais devem defender os interesses sociais e não os interesses oportunistas e criminosos.
Se uma investigação não corre em segredo de justiça, por que reclamam de sua divulgação? Se detalhes são tornados públicos é devido ao fato de não haver necessidade do silêncio.
E se alguns detalhes de investigações sob segredo de justiça “vazarem”, que se apurem os responsáveis, mas não permitam que tentem desacreditar toda uma investigação ou tentem denegrir a imagem de todos aqueles dedicados policiais que trabalharam de forma correta e justa, em busca de um Brasil melhor.
Parabéns aos Policiais Federais que se dedicam de forma abnegada, lutando contra tudo e contra todos, expurgando os males que mais afetam à nação brasileira: drogas, corrupção, contrabando, lavagem do dinheiro e tantos outros crimes combatidos no dia a dia dos Policiais Federais.
GREVE – PARALIZAÇÕES – RECOMPOSIÇÃO SALARIAL – NEGOCIAÇÕES – ACORDO
Balanço geral
É certo que existem dois momentos políticos muito importantes para os servidores do Departamento de Polícia Federal: antes e depois da implantação do sindicalismo.
Apesar de ainda restarem muitas lutas, os policiais que ingressaram na Polícia Federal a partir de 1996, fazem parte de um órgão mais estruturado, onde todos os servidores possuem nível superior e recebem um salário muito mais digno do que antes.
Assim que foi permitida a criação dos sindicatos (que praticamente começaram na clandestinidade), a Polícia Federal certamente começou a mudar. Por mais que ainda existiam perseguições e injustiças, o pensamento começava a evoluir com a conseqüente busca pelos Direitos dos Policiais Federais.
De lá pra cá, as mudanças foram se acentuando. Os sindicatos e os sindicalistas foram se aprimorando, refletindo em melhorias nas relações de trabalho. Alguns servidores podem até se perguntar: “Para que serve o sindicato?” ou dizer: “O sindicato nada fez por mim”. Porém, basta comparar os salários atuais com os que eram pagos antes; e da mesma forma, comparar as condições de trabalho. Percebe-se que de fato, muita coisa mudou.
Ainda não se falou nos oportunistas, nos pelegos e nos aproveitadores que se escoram nos “guerreiros” e nos grevistas, esperando os benefícios para curtir ou uma eventual derrota para poder reclamar, sem contar que durante o percurso nada fazem além de apontar defeitos e criticarem, sem porém contribuírem em nada para o sucesso das reivindicações.
Os aguerridos Policiais Federais enfrentaram a primeira greve em 1994 e por mais de dois meses de paralisação, acabaram enfrentando corte de ponto, perseguições e remoções “a bem do serviço público”, além de corajosamente encararem as baionetas do exército que tentavam impedir a palavra do sindicato, sem contudo pelegarem ou permitirem serem vencidos pelo cansaço inerente à mobilização.
A movimentação paredista seguinte aconteceu primeiramente no final de 2003 e após uma suspensão estratégica devido ao recesso de fim de ano e férias escolares, voltou a esquentar durante exatos 59 dias, tendo a palavra de ordem: O RECONHECIMENTO DO NÍVEL SUPERIOR.
Aqueles que não participaram desses movimentos não teriam condições para julgar, porém alguns ainda o fazem, buscando culpados ou justificativas para a sua falta de entrosamento.
Apesar das eventuais falhas na condução desses processos, não seria justo negar a grandeza daqueles participantes, sindicalistas e sindicalizados, espalhados por esse Brasil e que começaram a abrir as portas para as conquistas atuais.
Chega-se ao último movimento paredista, encerrado dia 25 de maio. Um movimento de difícil articulação: falhas passadas, sindicalistas inexperientes, pelegos e por fim, o alto nível técnico dos negociadores do governo, que afinal de contas, vêm do movimento sindical que circula em torno do atual Governo.
Dificuldades a parte, concluímos uma negociação, que apesar de não ser a esperada pela categoria, faz parte do melhor acordo que os representantes das entidades classistas conseguiram extrair, face às dificuldades da negociação.
Apesar das controvérsias, a partir do momento em que o Sindipol passou a fazer parte do círculo de negociadores do DPF, já não se discutiam valores ou percentuais, que eram matérias já decididas, mas sim a fórmula: como e quando se pagar.
O Sindipol ainda tentou resgatar a discussão em torno dos índices, defendendo um único índice linear. Entretanto, face às circunstâncias e como não houve eco na peleja, voltou a buscar a melhor fórmula e enfim os policiais conquistaram, em primeiro lugar, o reconhecimento da dívida e finalmente a Medida Provisória que regularia o pagamento do reajuste, que ocorreria evidentemente, sem impor qualquer prejuízo para os que participaram do movimento, aderindo à paralisação.
No dia 26 de maio, durante a realização da Assembléia que aprovou por maioria absoluta a proposta do Governo, os próprios sindicalizados puderam ainda vislumbrar mais um fenômeno sindical: a maioria do pequeno grupo que votou contra a suspensão da paralisação não vinha fazendo parte do movimento e, por conseguinte, não colaborara em nada para o sucesso do sindicato., Muito pelo contrário.
Ainda assim, na avaliação dos sindicalistas, a mobilização foi um sucesso e esse sucesso ficou inicialmente marcado com a histórica caminhada rumo à esplanada, que contou ainda com a prestimosa adesão dos Policiais Civis de Brasília, que reforçaram o movimento e param os quais o SINDIPOL/DF expressa sua gratidão.
Por fim, deve ser valorizada a adesão e a participação dos Policiais Federais que aderiram ao movimento, que contou com a participação de integrantes de todas as categorias funcionais.
Esses são os responsáveis pelo sucesso real de mais essa luta sindical
UNIDOS CADA VEZ SEREMOS MAIS FORTES
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