A Polícia Federal rechaçou a afirmação de que atua a pedido do governo federal para tirar o foco da crise política e informou que, nos últimos dois meses, foi registrado um número menor de operações.
Por meio de sua assessoria, a instituição informou que foram feitas 85 operações nos últimos dois anos. Disse que para o governo conseguir instrumentalizar o trabalho da Polícia Federal precisaria fazer o mesmo com outros órgãos, como o Ministério Público e o Judiciário, responsáveis por requisitar e determinar uma operação, respectivamente.
Há casos, informou a assessoria, que os policiais entram apenas para cumprir ordens judiciais requisitadas pela Procuradoria. Em todas as situações, a investigação e as buscas e apreensões só ocorrem por determinação de juízes.
A assessoria informou ainda que a Polícia Federal vem cumprindo as determinações baixadas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, há cerca de um mês. Após várias críticas públicas sobre a atuação da PF, o ministério publicou duas portarias normatizando as ações dos policiais durante cumprimento de mandados judiciais.
A portaria nº 1.288 impõe restrições às diligências policiais realizadas em escritórios de advocacia. Outra, nº 1.287, estabelece instruções para execução de busca e apreensão.
A assessoria da PF relembrou ainda uma frase dita pelo ministro de que “todos os fatos têm de ser apurados até o fim”. “Não perseguimos amigos, não protegemos amigos, não perseguimos inimigos”, disse Bastos.
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