A data estabelecida pela categoria para o Ministério da Justiça atender as reivindicações salariais terminou nesta quarta-feira, mas a paralisação foi adiada. Se não houver acordo, os serviços de emissão de passaporte, investigações, capturas e vistoria de entrada e saída de estrangeiros d o país serão suspensos.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais (Sindipol-DF) , Luiz Cláudio Avelar, afirmou que os policiais também poderão realizar operação tartaruga. A medida pode gerar filas nos pontos de entrada do país, como portos e aeroportos. “Na operação, os policiais continuam trabalhando com o mesmo efetivo, só serão mais rigorosos nos aeroportos, por exemplo”, explica Avelar.
Os agentes da PF pedem reajuste de 50% dos salários. Segundo o sindicato, este valor corresponde a cinco anos de perdas salariais da categoria. Na última greve, deflagrada em 2004, eles receberam 17% de reajuste. A categoria também reclama que não tem plano de saúde e seguro de vida. A pauta de reivindicações também inclui o aumento no valor das diárias referentes às viagens a trabalho dos agentes. Um agente da Polícia Federal recebe em média R$ 4 mil, o salário de um delegado gira em torno de R$ 7 mil.
As negociações entre os sindicatos dos policiais federais de todo o país e o Ministério da Justiça começaram em junho do ano passado. Como o prazo para o executivo apresentar propostas de medidas provisórias que garantem o reajuste é até o fim do mês, as ameaças de greve começaram agora. “Há um ano, o ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos], assinou um documento garantindo o reajuste de 50% nos salários. Esperamos até hoje”, reclama Avelar.
Negociação suspensa
O deputado federal Wasny de Roure (PT), que intermedia as negociações dos servidores públicos federais com o governo, explica que R$ 5,1 bilhões foram destinados para o reajuste. Entretanto, a Casa Civil rejeitou os projetos de medidas provisórias que pediam o aumento para a corporação. “A Casa Civil atrasou o processo de aprovação das MPs, que precisam ser enviadas ao congresso até o dia 30 de junho, última data para a concessão de reajuste em ano eleitoral”, explica. Como o prazo está terminando, as medidas podem não ser aprovadas neste ano.
NOTA: DIVERSOS SINDICATOS SE REUNIRAM AO LONGO DESSES ÚLTIMOS 12 MESES DEVIDO A FALTA DE ANDAMENTO DAS NEGOCIAÇÕES E MARCARAM CALENDÁRIO DE PARALIZAÇÕES NO INÍCIO DO ANO. O GERC E A FENAPEF FORAM CONTRÁRIOS AO MOVIMENTO. ESPERAMOS QUE NÃO SEJA TARDE DEMAISPARA AS PRESSÕES.
Comments are closed.