A Polícia Federal prendeu ontem 40 pessoas de uma quadrilha especializada em aplicar golpes pela internet, durante uma operação denominada Ponto Com. Os hackers criavam páginas falsas de bancos e enviavam ofertas e propostas de negócios para capturar informações confidenciais como CPFs e senhas de correntistas, com as quais transferiam dinheiro para laranjas.
Também usavam os recursos para quitar contas telefônicas, de água e energia e pagar multas de trânsito. Uma estimativa inicial da Polícia Federal indica que o prejuízo ao sistema financeiro nacional chegava a R$ 1 milhão por mês.
O líder da quadrilha é um empresário de 30 anos que vive em Porto Alegre. Além dele, foram presos outros 30 integrantes da quadrilha no Rio Grande do Sul, quatro em Santa Catarina, três no Paraná, um em São Paulo e um em Salvador. Os participantes dos golpes serão indiciados por furto qualificado, receptação, formação de quadrilha e interceptação de dados não autorizada.
A Polícia Federal investigava o caso havia cinco meses. Na operação, foram usados 280 agentes nos cinco estados brasileiros. No início da noite, a polícia ainda tentava cumprir os cinco mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça restantes.
Segundo a PF em Florianópolis, os hackers estavam vendendo o software que permitia o golpe para todo o Brasil. Igor Soares da Silva, sua mulher Emily Rochinscki, Michele Lívia Cândido e Anderson Claiton Correia foram presos onde funcionava o núcleo do grupo em Santa Catarina. Com o rastreamento de ligações telefônicas, conseguiu-se o mandado de busca e apreensão, executado ontem em Florianópolis.
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