BC, Cultura e PF fazem paralisação
Luís Osvaldo Grossmann
Da equipe do Correio
Iano Andrade/CB |
Polícia Federal: servidores da área administrativa decidem parar amanhã e sexta-feira |
Os primeiros serão os funcionários do BC, que cruzarão os braços enquanto esperam o resultado de uma reunião, marcada para hoje, com representantes do Ministério do Planejamento. Será a quarta paralisação dos servidores este mês — a mais recente foi na semana passada, quando cerca de 65% do pessoal do banco em todo o país, segundo estimativas do sindicato da categoria, fez uma greve de três dias.
Os servidores do BC querem equiparação com auditores da Receita Federal, o que representa aumentos de 20% a 40%. E ameaçam com uma greve por tempo indeterminado caso não recebam uma proposta favorável do governo.
Hoje também fazem paralisação de 24 horas os servidores do Ministério da Cultura, com um ato em frente à sede da pasta às 11h. Eles têm greve geral marcada para 15 de maio, caso o governo não atenda à reivindicação de implantação do Plano Especial de Cargos da Cultura.
Os funcionários da área administrativa da Polícia Federal defendem greve caso não avancem as negociações com o Planejamento. Eles querem que seja enviado ao Congresso Nacional um novo projeto de plano de cargos e salários para a categoria, que reúne 4,4 mil servidores em todo o país.
Na prática, o projeto representaria um reajuste de 50% nos salários, que teria o valor médio elevado dos atuais R$ 2 mil para R$ 3 mil. O plano de cargos prevê ainda a contratação de 3 mil novos funcionários.
Para conseguirem uma resposta do governo, os servidores decidiram ontem paralisar as atividades amanhã e sexta-feira. “Queremos agilidade no encaminhamento desse projeto, que está pronto desde 2005. Do contrário, podemos partir para uma greve”, afirma a presidende do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf), Hélia Cassemiro.
Agentes e delegados da PF estão, da mesma forma, mobilizados por reajuste. Depois de duas paralisações desde o final de março, eles esperam uma resposta positiva do Ministério do Planejamento na reunião prevista para amanhã. Os policiais federais reivindicam reposição salarial de 30%, referente à segunda metade dos 60% negociados com o governo desde 2005.
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