Na noite de ontem, em assembléia geral do Servipol, os policiais civis decidiram paralisar suas atividades dia 29 de outubro, e também nos dias 4, 5 e 6 de novembro próximo, integrando-se com a Ugeirm. Também ficou decidido pelo indicativo de greve geral conforme forem as respostas do Governo do Estado quanto as reivindicações do Servipol. Foi aprovada, igualmente, uma passeata até o Palácio Piratini para entrega do documento ao Governo Yeda contendo as reivindicações da categoria. Outra medida aprovada por unanimidade foi o ingresso da entidade na FEIPOL-Federação Sul/Sudeste dos policiais civis. A assembléia foi rápida e transcorreu em clima de tranqüilidade.
Aprovada filiação à FEIPOL
O Servipol realizou na noite de ontem, terça-feira, sua assembléia geral extraordinária. Em reunião que durou cerca de 1h40min, foi aprovado o ingresso do Servipol na Feipol – Federação Sul e Sudeste de Policiais Civis, entidade que congrega sete estados brasileiros, a saber: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Allan Mendonça presidiu a reunião e explicou as vantagens da filiação do Servipol na Feipol, “existem questões importantes a serem discutidas no Congresso Nacional Brasileiro e o Servipol, representado por essa Federação e pela Cobrapol, terá maior poder de força para defender nossos direitos”, informou o presidente do Servipol. A assembléia aprovou também a nominata dos diretores do Servipol que farão parte do Conselho da Feipol.
Paralisação do dia 29 de outubro
Foi aprovada também uma paralisação simbólica no dia 29 de outubro, quarta-feira, com duas horas de duração em solidariedade e apoio aos policiais civis de São Paulo, em razão dos acontecimentos no confronto com a Polícia Militar. A assembléia outorgou à diretoria do Servipol que definisse a forma e o local do ato simbólico durante a paralisação de 2h. O Sindicato esteve presente na passeata dos colegas de São Paulo, representado pelos dirigentes Ayres e Santos, no confronto com a PM que resultou 24 feridos. Representantes dos sindicatos de São Paulo irão retribuir o apoio em visita ao Estado do RS nos dias da paralisação de 04, 05 e 06 de novembro.
Paralisação dos dias 4, 5 e 6 de novembro
A reunião de assembléia também aprovou o ingresso do SERVIPOL na paralisação dos policiais civis nos dias 4, 5 e 6 de novembro, integrando ações conjuntas com a Ugeirm. “Estamos trabalhando sintonizados com a direção da Ugeirm nesse processo de paralisação em novembro próximo”, comentou Allan Mendonça. O presidente esclareceu, porém, que era preciso o respaldo da assembléia para ingresso no movimento, para legitimar as ações do SERVIPOL no processo da paralisação com a Ugeirm, que possui uma pauta de reivindicação identificada e em comum com a luta e reivindicações do SERVIPOL. – “Só para exemplificar: a última reunião sobre aposentadoria especial com a Secretaria da Adminsitração foi em 26 de fevereiro deste ano (2008), e desde esta data o Governo Yeda sequer acenou com uma resposta concreta, positiva”, historiou Mendonça. Também, será mantido o efetivo de 30% da Polícia para atendimento aos crimes hediondos e casos específicos de urgência das funções da Polícia Civil do RS e da legislação especial.
Passeata rumo ao Palácio Piratini
Na mesma assembléia, também foi aprovada uma passeata dos policiais civis rumo ao Palácio Piratini, para um ato público em frente a Praça da Matriz. “Temos a informação que muitos colegas do interior do Estado estão se mobilizando para virem até Porto Alegre, desde já, para participar da passeata, somando-se aos policiais da Capital”, informou Allan.
Também foi aprovado que serão estabelecidas regras para os policiais participarem da passeata. Uma delas é a obrigatoriedade de vestimenta que identifique a delegacia ou o Departamento a que pertence o(a) policial na caminhada, ou no mínimo colete da Polícia Civil. Também, o evento não será utilizado para fins de publicidade de políticos ou de sigla partidária, bem como de entidade não congênere da Polícia Civil. “Vamos estabelecer com a Ugeirm a data da passeata e a definição das regras de participação dela”, finalizou Mendonça. Para dar sentido de transparência e de espírito pacífico e democrático do evento, serão oficiados a EPTC, Cogepol, SMAM, Secretaria de Segurança Pública, Chefia de Polícia e o Ministério Público.
A imprensa nacional e internacional será informada da passeata para fiscalizar, relatar os fatos e comprovar que a intenção é de apenas expressar um direito constitucional de livre manifestação de uma categoria profissional já cansada de ser pisoteada, ferida na sua dignidade, mas sem ferir a ordem pública, sequer, jamais provocar ofensas ou agir com truculência a quem quer que seja.
Aprovado indicativo de greve geral
A Assembléia aprovou indicativo de greve geral caso o governo não apresente soluções concretas para atendimento da pauta de reivindicações da categoria.
A assembléia geral foi rápida e em clima de tranqüilidade. “Todos os pontos de pauta foram bem conduzidos pela mesa dos trabalhos”, foi o comentário geral dos presentes à reunião.
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