Com a demora na aprovação da Medida Provisória que garante o reajuste de salário da Policia Civil, a corporação pode entrar em greve. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol/DF), Ciro Freitas. O Sindicato convocou uma assembléia extraordinária com indicativo de greve para as 17h de sexta-feira, no estacionamento 6 do Parque da Cidade.
A Policia Militar e o Corpo de Bombeiros aderiram ao movimento da Polícia Civil, a idéia é atender apenas ocorrências urgentes e graves, já que por lei essa duas corporações não podem fazer greve. Essa união a favor de uma reivindicação já prevista do Fundo Constitucional do DF é inédita na história do Distrito Federal.
A realização da assembléia foi decidida ontem tarde durante uma reunião na sede do Sinpol, onde estiveram presentes 42 policiais civis, militares e bombeiros, representantes de associações. Os presentes se exaltaram com a informação de que a MP, prevendo o reajuste, só será editada em conjunto com as reivindicações da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). A União planeja incluir também as Forças Armadas na MP. “O problema é que essas categorias ainda caminham para negociar o reajuste com o governo federal, ao contrário das corporações do DF, que, desde janeiro último, negociam com o governo local a definição do percentual de aumento. Ficou acordado que os 18% pedidos sairiam em duas parcelas, 9% em março e 9% setembro. O GDF encaminhou mensagem para a Casa Civil em fevereiro. E o dinheiro está previsto no Fundo Constitucional, aprovado em abril. Não temos mais o que discutir. Só falta a edição da medida provisória”, reclamou o presidente em exercício do Sinpol/DF, Ciro de Freitas.
Para o presidente do Clube Recreativo e Esportivo dos Subtenentes e Sargentos da PMDF (Crespom), subtenente Pedro Carvalho, a demora tem irritado a corporação. “Há oito meses negociamos o aumento. Não temos nada a ver com as reivindicações das polícias Federal e Rodoviária”, destacou
O deputado federal Wasny de Roure (PT/DF) que esteve presente à reunião, disse que não há sinalização de quando a medida provisória será assinada. “O empecilho no momento é essa decisão de vincular o reajuste ao de outras categorias. Mas não podemos aceitar que isso seja feito”, comentou.
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