Fonte: O Globo
Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fazem paralisação de 24 horas nesta terça-feira. Segundo informações da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a mobilização por melhores salários e condições de trabalho é realizada em frente as sedes da PF em todos os estados e no Distrito Federal.
Em alusão ao Dia Mundial do Enfermo comemorado hoje, os policiais usam máscaras e encenaram uma Polícia Federal doente, com maca de hospital, balão de oxigênio e soros. Cruzes vermelhas também estão sendo empunhadas como um pedido de socorro.
A Fenapef acusa o governo de maquiar os dados na divulgação de estatísticas de inquéritos instaurados. De acordo com a entidade, houve queda de 86% no número de indiciamentos nos crimes de colarinho branco, nas diversas formas de corrupção.
“O despencar do número de indiciados nos crimes de colarinho branco, na visão dos dirigentes sindicais da PF, é o reflexo da política de segurança do Ministério da Justiça, que criou vários mecanismos para controle político das investigações, e não tem defendido o órgão dos cortes de investimentos, e da perda de competências para o Exército e força nacional”, diz a Fenapef.
O movimento reivindica a equiparação das carreiras às de oficial da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e auditor da Receita Federal, o que elevaria os salários em cerca de 100%. Um agente da PF ganha, em início de carreira, R$ 7.500 brutos. A ideia é que passe a receber R$ 15 mil.
Os sindicatos prometem realizar mais três paralisações de 24 horas até o fim do mês. A categoria pode também cruzar os braços nos dias 25 e 26 de fevereiro.
Na última sexta-feira, policiais federais realizaram um ato chamado de “algemaço” – algemas foram penduradas nas unidades.
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