Fonte: SINPOFAC
Os policiais federais que atuam no estado do Acre, incluindo as delegacias de Epitaciolândia, Cruzeiro do Sul e da Superintendencia, na capital Rio Branco, paralisaram suas atividades por 24 horas nesta quinta-feira, 22 de agosto. A categoria pede reestruturação da carreira com regras e atribuições claras, eficientes e que privilegiem o mérito dentro do órgão, além do fim do assédio moral na PF e uma gestão democrática e profissional da instituição.
A movimentação no Acre acompanha as paralisações nacionais que se iniciaram esta semana, regidas pela FENAPEF– Federação Nacional dos Policiais Federais, em busca da reestruturação da carreira policial federal. Entre outras reinvindicações estão o reconhecimento das atribuições de nível superior, fim do assédio moral, igualdade de oportunidade dentro do órgão, leis que garantam a gestão meritocrática na PF, soluções que resolvam a degradação da instituição e que evitem o êxodo de policiais para outras carreiras federais que apresentam melhores condições de trabalho e possibilidade de futuro profissional mais promissor que na PF.
Segundo o presidente do sindicato, Franklim Albuquerque, os serviços prestados pela PF continuam funcionando, entretanto de forma reduzida. Franklim ressalta a valorização do órgão perante a sociedade constrastada com a desmotivação dos policiais (recentemente demonstrada em pesquisa interna), o assédio moral, a gestão ineficiente e amadora do órgão além de privilégios arcaicos à classe dirigente.
Ainda segundo o presidente do SINPOFAC, é um inadmissível a situação em que a PF se encontra à mercê de uma gestão amadora e que tem levado o órgão a uma ineficiência generalizada além da forma antidemocrática com que os Recursos Humanos da instituição, leiam-se, seus policiais e servidores administrativos, são tratados.
Os policiais federais rumaram para a Assembleia Legislativa do estado onde foram recebidos por parlamentares (tanto de situação como de oposição) e foram saudados pelos que acompanharam o trajeto. Na Assembleia os policiais obtiveram apoio dos parlamentares a seus pleitos e propostas, incluindo a proposição de uma frente parlamentar de apoio à PF.
Nas redes sociais é amplo o apoio às reivindicações da Polícia Federal. Os que apoiam a PF têm deixado mensagens de suporte e aprovação pelas manifestações, geralmente com a pergunta “a quem interessa uma Polícia Federal enfraquecida?”.
O Sindicato informou que, pela orientação da FENAPEF, novas paralisações, atos e protestos devem ocorrer nos próximos dias tanto no Acre quanto em outros estados para que a sociedade e o governo sensibilizem-se com a situação dos policiais federais e com suas reinvindicações.
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