O Ministério Público de São Paulo vai investigar os supostos problemas apresentados pelas tornozeleiras eletrônicas na saída temporária de fim de ano.
A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) contratou em agosto do ano passado, ao custo de R$ 50,14 milhões, o monitoramento eletrônico de presos do regime semiaberto.
O promotor do Patrimônio Público Saad Mazloum disse ontem que vai pedir o número de equipamentos que apresentaram defeito e detalhes do contrato.
Após analisar os dados, Mazloum diz que decide se será ou não instaurado um inquérito civil para apurar eventuais irregularidades.
Pela primeira vez, a SAP monitorou, entre o dia 23 e hoje -data de retorno dos últimos presos aos presídios-, 4.635 presos do semiaberto com bom comportamento.
Diretores de presídios disseram ao Agora que, ao longo dos 12 dias, o sistema acusou 15 mil notificações de supostas irregularidades.
O empresário Sávio Bloomfield, representante do consórcio fabricante das tornozeleiras, confirmou o número e disse que o sistema de notificação será ajustado.
Segundo ele, 2,5% (116) dos 4.635 equipamentos apresentaram algum defeito durante a saída temporária.
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária não se manifestou.
Comments are closed.