O chefe da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros da Polícia Federal, Ricardo Saadi, através de documentos da Operação Satiagraha, pôde incluir no relatório que levou à Justiça “uma engenharia montada para lavagem de recursos” oriundos de suposta gestão fraudulenta praticada pelo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
São duas operações sob investigação: uma com a Santos Brasil e outra com a Basen Corporation, nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal.
Para a primeira, a PF elaborou um diagrama, que ilustra um “esquema de ocultação e integração de dinheiro que teria como origem um fundo do Opportunity no exterior e como destino uma empresa do Opportunity no Brasil, a Santos Brasil”.
Para despistar a fiscalização brasileira, o Opportunity teria feito uso de offshores, da compra e venda de debêntures (títulos com patrimônio da empresa como garantia).
A segunda operação, com a Basen Corporation, foi descoberta pela PF a partir de uma carta enviada no dia 9 de junho de 2005 pelo sócio-gerente da Aquarius Consultoria Financeira S/C Ltda., William Yu, ao sócio do Opportunity, Arthur Carvalho. No documento existe a cobraça do pagamento de US$ 55 mil pela montagem de um esquema de financiamento para o banco.
Segundo a PF, a proposta de Yu pressupõe lavagem de dinheiro, e ocorreria em cinco etapas, entre transferências de fundos e compra de títulos de crédito.
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