Fonte: Agência Sindipol/DF
Foram registrados 24 casos em cinco anos
Em todo o mundo, uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos – 800 mil a cada ano, 2.200 a cada dia -, de acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde. Nessa conta, o Brasil ocupa o 111º lugar no ranking dos países que lideram registros, com 12 mil casos por ano, cerca de 32 suicídios por dia, e a Índia segue em primeiro lugar. A Polícia Federal também apresenta índice preocupante. Os últimos cinco anos marcaram 24 casos.
Como estimativa da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), se a PF fosse um país, considerando grupo de 100 habitantes, assumiria a 7ª colocação em casos de suicídios – 27,02% de ocorrências, média de quatro por ano. Em setembro, no dia 10, é comemorado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Por isso, o Setembro Amarelo, campanha organizada pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, criada para lançar ações preventivas.
Conforme a OMS, 90% dos casos de suicídios são preveníveis por estarem associados a patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. A tentativa da Organização é de reduzir em 10% a taxa mundial até 2020.
Entre os policiais federais, a taxa é alarmante. De 2010 a 2014, houve um aumento de 120% nos casos, representando 22 ocorrências. Já nos anos de 1999 a 2003, foram apuradas oito ocorrências, e de 2005 a 2009, dez casos, segundo a Fenapef. Todos em razão do regime aplicado na gestão da PF, a qual os profissionais da segurança pública são submetidos. A consequência é o assédio moral, o estresse, alcoolismo, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, entre outros problemas.
Oficialmente, existem apenas um psiquiatra e cinco psicólogos para o atendimento de toda a Polícia Federal e 30% dos entrevistados por uma pesquisa da Fenapef alegaram tomar algum tipo de medicamento para tratar de doenças psicossomáticas.
Fonte: http://www.fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/46353
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