Fonte: Correio do Brasil
Muitos candidatos estranharam a chamada para atuar no Estádio Nacional Mané Garrincha
O Ministério Público Federal de Brasília receberá, logo após o término da Copa do Mundo, um questionamento formal sobre a capacidade do Comitê Organizador Local (COL) da Federação Internacional de Futebol (Fifa, na sigla em francês) de garantir a segurança do Estádio Mané Garrincha e o atendimento médico e paramédico aos torcedores. Documento ao qual a reportagem do Correio do Brasil teve acesso mostra que uma disputa interna pela gestão de pessoal especializado levou o COL de Brasília a contratar, em regime emergencial, 50 brigadistas e socorristas, sem qualquer treinamento específico ou aprovação da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, entre outras exigências legais compatíveis com a seleção de prestadores de serviços para a Copa do Mundo.
A empresa escolhida, sem licitação pelo COL, Brigada Capital, foi chamada a atuar após o jogo entre Portugal e Gana, no dia 26 de Junho, às 13h. Nas horas seguintes, começou a convocar os trabalhadores, em uma rede social, em regime de urgência, para atuar já na partida entre a França e a Nigéria, no dia 30 de Junho, também às 13h. Neste sábado, para a partida entre Argentina e Bélgica, no mesmo horário, segundo apurou o CdB, o pessoal que trabalhou na segurança do Estádio Nacional foi o mesmo do jogo anterior, em um prazo insuficiente para o treinamento adequado, como garantem especialistas no setor ouvidos pela reportagem. Mesmo para trabalhar durante a próxima partida, no dia 12, além dos documentos de praxe, não era necessário realizar treinamento adicional.
– Para o jogo de hoje o pessoal que atuou foi o mesmo do dia 30 de Junho, mas pode ser que haja vaga para socorristas e brigadistas para o dia 12 – disse o atendente da empresa.
Na página, mantida no Facebook, a firma de segurança ressaltou aos interessados que se tratava de uma “Oportunidade!!!!!”.
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