Senadores e especialistas discutiram, em audiência pública ontem terça-feira (11), medidas para conter o aumento do consumo de crack no Brasil. De acordo com estudo apresentado na semana passada, o número de usuários dessa droga no país chegaria a aproximadamente 1,2 milhão – e a idade média para início do consumo seria de 13 anos.
A audiência, promovida pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, foi solicitada pelo senador Augusto Botelho (PT-RR). Além de reiterar que “o Brasil enfrenta uma epidemia de crack”, o parlamentar ressalta que “os efeitos dessa droga suplantam os malefícios causados, em conjunto, por outras substâncias ilícitas ou de venda controlada, como os solventes, a maconha, as anfetaminas e a cocaína”. “Precisamos envolver o Senado na discussão sobre o tema”, alertou Augusto Botelho.
Presidente da CAS, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) também é vice-presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, que foi lançada na semana passada. Ao concordar com Augusto Botelho sobre a necessidade de o Legislativo discutir a questão, Rosalba lembra que essa droga, “que avança em todo o Brasil”, tem baixo custo e alto índice de dependência.
Falam aos senadores, entre outros convidados, Francisco Cordeiro, representando a Coordenadoria de Saúde Mental do Ministério da Saúde; Ronaldo Ramos Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo e investigador do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas; e Paulo Camargo, representante da Rede Rede Brasil Sul (RBS).
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