Servidores do Judiciário e do Ministério Público no Distrito Federal entraram em estado de greve, o que significa a possibilidade de paralisação nos próximos dias caso não haja avanço na negociação com o governo.
Com a decisão, os servidores adiaram a greve que podia começar amanhã no DF. O coordenador-geral do Sindjus-DF, Roberto Policarpo, disse que os trabalhadores poderiam ser prejudicados com a paralisação agora. O Sindjus é ligado à CUT.
Segundo ele, os ministros Cezar Peluso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), e Ricardo Lewandowski, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ameaçavam abandonar as negociações com o governo e o Congresso se a paralisação fosse deflagrada.
A decisão no DF, que tem cerca de 18 mil servidores de Judiciário e Ministério Público, não muda o cenário no país.
Os servidores querem a aprovação de dois projetos de lei que alteram a estrutura de carreira nas duas categorias e institui reajuste de 56% para técnicos, analistas e auxiliares.
Lewandowski disse que as reivindicações são justas, mas que não aceita a greve. “Estamos de acordo com a reivindicação, mas a greve é inoportuna porque pode atrapalhar as eleições. Iremos tomar todas as providências, inclusive judiciais, para garantir que as eleições ocorram normalmente.”
Ontem, a 1ª Sessão do Superior Tribunal de Justiça determinou que servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes que atuam em fiscalização e licenciamento voltem a trabalhar imediatamente, mas avaliou que a greve não é abusiva.
Segundo o STJ, a volta ao trabalho é obrigatória porque os serviços destas categorias são “essenciais”. Caso a determinação seja descumprida, determinou a aplicação de multa de R$ 100 mil aos organizadores.
Esses funcionários, parados desde 7 de abril, pedem a reestruturação da carreira de especialista em ambiente, com correções salariais de 30% a 70%.
Ontem a Assembleia de SP aprovou o plano de carreira dos servidores da Justiça paulista. Mas, entidades sindicais informaram que a greve continua.
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