Gostaria de trazer ao conhecimento de todos os colegas sindicalizados, nos diversos sindicatos do Brasil, um fato que tenho certeza vai indignar a todos. Não diz respeito à roubalheira ou corrupção, mas mostra a face do sindicalismo na FENAPEF.
Sou apenas um sindicalizado, Agente de Policial Federal com muito orgulho, hoje aposentado. Todos que me conhecem sabem da minha honestidade, da minha dignidade e franqueza nas declarações, principalmente quando diz respeito aos assuntos de interesse da classe. Mas para quem está no poder, na FENAPEF, isso é um afronto a sua prepotência e arrogância.
Quero lembrar que um dos atos de prepotência foi a Lei da mordaça quando acabaram com o FORUM, tendo como justificativa os abusos. No FORUM todos que se cadastravam trocavam idéias quase que em tempo real, sobre todos os temas, lavando até roupa suja, todavia havia respeito, mesmo que em determinado momento se usasse palavras ásperas. Eu pessoal troquei algumas com o colega VALA, nem por isso deixamos de interagir. Somos colegas e não devemos nada um ao outro. Agimos como tal e como homens sem telhado de vidro. Discutimos idéias e atitudes. Posturas enquanto sindicalizados. A FENAPEF criou um novo site ou página que não funciona.
Mas, pra minha surpresa, a coisa parece que não vai ficar na Lei da Mordaça, pois fiquei sabendo, hoje, dia 27/11, e é isso que acredito, vai indignar a todos.
O modelo de sindicalismo adotado entre nós é do manda quem pode obedece quem tem juízo, isso fica claro no que diz respeito a proposição de ações, negociações salariais, de contratos de honorários advocatícios e etc, pois nunca se teve a sensatez de buscar a aquiescência dos sindicalizados. Nunca nos perguntam se concordamos.
Pois bem, recentemente, comentando uma matéria no site do SINDIPOLDF, de titulo 3,17% – 20% para os advogados. Veja o ofício do Sindipol/DF sobre os honorários, escrevi uma mensagem que foi publicada com o titulo Sindicalizado do Pará comenta ação dos 3,17%. Esse foi o meu crime, escrever no site do rival. As eleições se passaram, e como a escola de formação dos sindicalistas da FENAPEF é o próprio DPF, digo, os Delegados de Polícia Federal, pois acaba uma greve, os cabeças do movimento sofrem o que todos sabemos, fui ameaçado de ter contra mim um processo. Não sei ainda qual vai ser a fundamentação: injúria, difamação ou calúnia. Vou aguardar. Posso garantir que não estou com um pingo de medo. Como os colegas que estão pagando por serem usados com bucha nas greves e estão tendo que se defender, também vou me defender se for o caso.
Esse é nosso sindicalismo, covarde, revanchista, que quer obediência cega, dentro de suas regras, sem confronto de idéias e sem discordância de suas atitudes. Não mudo uma virgula do que escrevi. Peço aos colegas sindicalizados que acessem o site do SINDIPOL/DF e tomem conhecimento da matéria, depois me respondam se a ATA e o contrato de honorários estão corretos. Peço mais ainda, que os sindicatos nos estados façam assembléias e discutam o assunto e depois tirem suas conclusões. Faço uma outra indagação: por que, nós sindicalizados, só tomamos conhecimento dos contratos de honorários advocatícios quando temos que pagar?
Os dirigentes da FENAPEF ao invés de pensarem em processar um sindicalizado, deveriam sim, explicar essa situação, se é que tem explicação.
Não sou sindicalista, não tenho imunidade sindical, apenas sou sindicalizado representado e como tal mereço respeito. Mereço que as coisas sejam feitas às claras, não só pra mim, mas para todos os sindicalizados, dando-nos o direito de manifestação nos assuntos e matérias da qual temos interesse.
Não somos alienados mentais considerados incapazes perante a Lei, sem direito para opinar sobre o que nos diz respeito.
Estou trazendo esse assunto a público por me sentir indignado, vendo que não temos representantes sindicais, mas algozes, que quando são criticados, usam do seu poder para ameaçar, querendo impor a sua vontade. Intimidar. Dizer quem manda.
Fazendo uma retrospectiva de tudo que já aconteceu no passado, em época de greve, ocasião em que o presidente da FENAPEF e demais diretores sindicais, vestidos com a capa da proteção sindical usavam da palavra, respaldados no direito de defender seus representados, ofendendo ministros com expressões que não convém repetir, achando que como sindicalistas podiam tudo. Mas, na hora em que um sindicalizado levanta a voz contra algo que julga incorreto, demonstrando ser uma maracutaia o uso de um contrato de 1996, com percentual de 20%, trazido, através de uma ATA lavrada em AGE acontecida no ano de 2000 e que não esclarece nada, como sendo o contrato celebrado para atuação em uma ação de 2000, sentem-se feridos na sua dignidade. É bom lembrar que existe uma decisão de representantes sindicais para que não seja mais assinado contrato de honorário acima de 10%.
Vejo que o Presidente da FENAPEF se sente o todo poderoso, rodeado de asseclas que podem tudo, sem o dever de dar explicações de seus atos a ninguém, muito menos aos sindicalizados de todo país, que pagam religiosamente suas obrigações sindicais, descontadas em folha, sem nunca atrasar. Dão inclusive um dia por ano de seu trabalho. O que é pior, no passado, quer dizer, hoje, pagam honorários advocatícios nunca inferiores a 20%, em ações coletivas.
GARISTO! Haja como homem, não tome atitude de moleque, pois querer me processar por ter escrito no site do SINDIPOLDF, isso é revanchismo, prepotência, coisa de menino mimado, filhinho de papai rico que se aproveita do poder pra demonstrar força. Você não passa de um mero representante sindical, haja como tal, dê-se o respeito e respeite a quem você se comprometeu representar. Não venha querer demonstrar indignação no que está mal explicado.
Não prezo do seu ciclo de asseclas e nem lhe devo nada, estou a quilômetros de distância de Brasília. Suas atitudes me dão a certeza que estou muito bem como estou, porque uma pessoa como você, cercada de semelhantes com sentimentos de vingança e egoísmo não faz e nem traz bem a ninguém.
Valcir da Rocha Nascimento
refegu@oi.com.br
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