Senhores Sindicalistas,
Até quando a ingenuidade vai permear entre nossos representantes
classistas. Nesta fatídica terça-feira (11.10.05) a encenação acabou.
Aqueles que compõem o GERC tiveram que vir a público e dizer: não
conseguimos nada! Não sabemos se o Governo vai concerder algo e, se o
Governo for conceder, não sabemos o que será e nem quando será.
Ora, o relacionamento fraternal que a ADPF vinha simulando com as
demais categorias, advinha ou advém muito mais em virtude da
assanha que o Ministério Público vem demonstrando em tornar-se
comandante das policias judiciárias, do que apenas as questões de
ordem salarial sobre as quais demais categorias do DPF estão legítimamente debruçadas.
Não é necessário ser nenhum estrategista, para perceber que no
momento em que o morimbundo “inquérito policial” e a atividade de
policial judiciária estão sendo alvo de ataques tanto do Judiciário
quanto do Ministério Público, os membros da categoria funcional
representada pela ADPF tem todo o interesse e estão se esforçando no
sentido de manter o efetivo passivo.
Se torna forçoso reconhecer que eles tem tido êxito. Para que
exista êxito, as outras representações sindicais das demais
categorias funcionais do DPF têm contribuído e coloborado de forma
significativa.
Somente a ingenuidade e a inexpêriencia é que podem justificar este
quadro, ou, então, a malícia e má fé daqueles que não estão
interessados em defender interesses coletivos, mas suas próprias
vaidades pessoais. Vemos que todos gostam de aparecer na mídia, tirar
fotos, tornar-se palestrante. Todavia, isto em nada tem contriuído
para alcançar os interesses legítimos das categorias ou dos
sindicalizados.
Embora, a campanha salarial esteja em andamento desde o abril do ano
passado, até o momento, nada de positivo e concreto se obteve.
Senhores, somos um grupo formados por pessoas inteligentes,
competentes e razoáveis. Logo, devemos agir como tais. Vamos deixar
de ser meros coadjuvantes, massa de manobra, bucha de canhão e
assumir o papel que realmente temos: somos protagonistas e não
coadjuvante.
Non ducor duco ( esta deve ser o nosso lema )
Laercio Carlos Dias
APF – DPF – SOD – SP
out
20
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