“Acabar com o direito à aposentadoria especial para os profissionais de Segurança Pública é desrespeitar a própria natureza da atividade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policias Federais do Distrito Federal (SINDIPOL/DF), Flávio Werneck, em Audiência Pública realizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal. O debate foi marcado para analisar as mudanças que a Reforma na Previdência, PEC 287, vai impor para agentes, peritos e policiais.
A proposta acaba com o dispositivo que assegura a estas carreiras a aposentadoria especial. “O policial é um abnegado. Ele passa muito tempo ininterrupto trabalhando para combater o crime e, em troca, ele aposenta um pouco mais cedo que os demais trabalhadores. É uma troca justa que o Estado faz para aqueles que dedicam suas vidas para proteger a sociedade”, ressaltou.
Flávio aproveitou para criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de quarta-feira, em que os ministros julgaram inconstitucional o movimento grevista para todas as carreiras policiais. Para ele, a equiparação dos policiais federais com os militares não é justa, uma vez que ela só é feita em casos em que os primeiros sofrerão prejuízos.
A Audiência contou ainda com a participação de outras Associações. Todos foram firmes e acreditam que os profissionais de Segurança Pública trabalham com uma infraestrutura precária e que o desgaste físico e mental faz parte da rotina. Por esse motivo, é impossível que trabalhem até os 65 anos conforme sugere a PEC 287. Na reunião, também foram abordados temas como o alto índice de homicídios e suicídios.
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