Há anos sem decolar, os vants – veículos aéreos não tripulados que custaram cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos – podem ser doados às Forças Armadas (FAB). Na semana passada uma comissão de militares fez uma visita à base de São Miguel do Iguaçu (PR) onde os vants estão estacionados e parcialmente desmontados.
Diante desse fato, o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF) apresentou ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) para analisar a referida “doação”. Há alguns anos o SINDIPOL/DF vem denunciando a suspensão e interrupção do projeto. Dessa vez, o Sindicato luta para que os vants voltem a voar para combater a criminalidade nas fronteiras.
Entenda o caso
É bom lembrar que os vants foram apresentados como uma grande solução para combater o crime organizado no Brasil. Os veículos aéreos podem voar 37 horas ininterruptas. Eles possuem um alcance operacional de dois mil quilômetros.
A promessa era de que além da compra dos veículos, seriam construídas quatro bases aéreas fixas e duas móveis e 90 agentes seriam treinados para operar o sistema com foco em informação de inteligência. Porém, entre 2011 e 2016 a PF fez apenas mil horas de voo. O que significa que cada hora voo realizada custou cerca de R$ 1 milhão.
Negociação avançada?
Procurada pelo GLOBO, a direção da Polícia Federal negou que haverá doação de equipamentos. Porém, entre os militares a informação que circula é diferente. Segundo fonte não revelada pelo Jornal, os vants serão “transferidos” para a FAB operar.
Leia a notícia d’O Globo
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