Não bastasse a desavença pública sobre a amplitude da Lei da Anistia, o ministro da Justiça, Tarso Genro, continua se metendo em polêmicas com o Supremo Tribunal Federal. Em conversas reservadas, Tarso tem elogiado a atuação do juiz federal Fausto de Sanctis, responsável pelo braço jurídico da Operação Satiagraha. Para o ministro, o juiz fez um trabalho decente e correto e por isso não há nenhum motivo para afastá-lo do processo envolvendo o banqueiro Daniel Dantas.
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O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, tem avaliação inversa. Acha que de Sanctis o afrontou ao autorizar a segunda prisão de Daniel Dantas. O ministro Celso de Mello chegou a dizer que o juiz teve comportamento insolente e inaceitável na Satiagraha e deveria ser censurado. Pelo visto, as rusgas entre Justiça e Judiciário terão ainda muitos capítulos.
Ponto de liga
Em um ponto Tarso e os ministros do Supremo Tribunal Federal se entendem: Protógenes Queiroz. Tarso parte para o ataque quando surge o nome do delegado da PF nas conversas reservadas. O ministro da Justiça critica a maneira como foi conduzido o inquérito, e considera que houve desrespeito à hierarquia da Polícia Federal pelo delegado.
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