Fonte: Agência Sindipol/DF
Com uma média estarrecedora de mais de 50 mil assassinatos por ano, com a maior taxa registrada em 2012, com 56.337 homicídios, segundo o Mapa da Violência, do governo federal, não bastasse, o Brasil apresentou novo índice de 143 vítimas de homicídios dolosos, por dia, em 2014. A informação do site do G1, que ainda complementa, são 2.061 latrocínios e 2.368 mortes em confrontos com a Polícia Militar. O levantamento foi realizado com base em dados das secretarias de segurança dos 26 estados e do Distrito Federal. O número foi 3,8% superior a 2013, com o total de 52.338 mortes, o equivalente a 25,81 homicídios por cada 100 mil habitantes.
No mundo, o total de homicídios chegou a 475 mil, como indica o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no último ano. Na lista dos países com menores índices de homicídios por habitantes estão Luxemburgo, em primeiro lugar, Japão e, em seguida, a Suíça, empate com Cingapura, Noruega e Islândia. Na Europa, em 2012, 22 mil pessoas foram assassinadas e na Oceania, 1.100. Já na América Latina, segundo a ONU, entre 2000 e 2010, a taxa de homicídios cresceu 11%.
Além disso, a impunidade reina nas investigações dos casos de criminalidade espalhados pelo Brasil. Dados do Conselho Nacional do Ministério Público apontam que apenas 5% a 8% dos inquéritos são concluídos e a meta da Estratégia Nacional de Segurança Pública é alcançar os 12%, número ainda muito baixo em relação à resolução apresentada por países como Chile, EUA ou da Europa continental.
No Estado de Alagoas, líder do ranking dos mais perigosos, desde 2006, a taxa continua alta, com 61,8 mortes por 100 mil habitantes. Ainda de acordo com o veículo, Mato Grosso oscilou de 31,43 mortes, em 2013, para 39,57 mortes por 100 mil habitantes, no ano passado.
Para promover um acordo entre a União, os estados e municípios, o Ministério da Justiça pretende lançar o pacto nacional e, dessa maneira, conter o avanço dos homicídios.
Entre os grandes problemas destacados pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, elaborador do Mapa da Violência, conforme afirma o G1, está na padronização de registros pelos governos, que, muitas vezes, entendem os crimes de homicídios de maneiras diferentes.
Conforme o vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, a união da população e a criação de mecanismos de aproximação com as forças policiais, bem o aperfeiçoamento das investigações e a integração entre Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário e perícia, podem auxiliar na queda dos altos índices relacionados aos homicídios.
A segurança pública brasileira somente irá evoluir quando aplicarmos as melhores práticas no Brasil. Buscar o ciclo completo, o ingresso único, a democratização das forças policiais, a desburocratização da metodologia investigativa e a limitação do número de recursos no processo penal.
Comments are closed.