O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) defendeu nesta terça-feira (10) a concessão de reajustes aos servidores públicos federais, parados desde o final de junho. As greves atingem, informou o senador, 26 setores e 300 mil servidores públicos, que reivindicam, além dos reajustes, melhorias nas carreiras e mais concursos.
– É um pleito justo. Além disso, me parece um pleito exequível, se considerarmos os números divulgados pelo próprio governo – disse o senador.
Rollemberg afirmou que o governo vem registrando, ao longo dos anos, aumento expressivo na arrecadação. Segundo o senador, o governo gastava, em 1995, 56,2% da receita com pessoal; em 2011, 32,1% e, se concedido o reajuste, passará a gastar 40,6% da receita com pessoal. Para ele, é preciso olhar de maneira relativa os R$ 92 bilhões ao ano que custariam os reajustes pretendidos pelos servidores.
– Se olharmos os valores absolutos, o impacto parece ser injustificável aos cofres públicos, mas, como tudo é relativo, é preciso observar que a participação dos gastos com pessoal vem caindo de maneira expressiva com relação à receita corrente líquida do governo – explicou.
O senador também comparou o gasto de pessoal ao Produto Interno Bruto e citou a previsão de economistas de que, mantido o gasto com pessoal em 2013 nos mesmos patamares atuais, haverá “espaço fiscal” de cerca de R$ 20 bilhões para os aumentos.
– Os números mostram, portanto, que há brechas factíveis para uma negociação justa com os servidores, que tiveram seu último grande aumento em 2007 – afirmou.
A concessão do reajuste, ressaltou o senador, é uma maneira de corrigir a disparidade entre os salários do Executivo e dos demais poderes. O senador defendeu, no entanto, uma solução que fique entre o que querem os servidores e as possibilidades do governo.
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