Não houve acordo entre os funcionários da Polícia Federal e o Ministério do Planejamento, em reunião realizada nesta terça-feira, para discutir o pagamento da segunda parcela de reajuste dos salários dos servidores, da ordem de 30%. Havia sido acertada no ano passado que ela seria efetivada no mês de dezembro último. As representações de delegados, policiais e peritos da PF propuseram ao governo o pagamento desses 30% que faltam, do total de 60% prometidos em 2006, dividido em 3 vezes. A primeira parcela seria retroativa a janeiro de 2007, a segunda no próximo mês e a última em janeiro de 2008.
O secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça, disse ao final da reunião que “o governo está aberto a negociação, mas não tem condições orçamentárias para pagar dessa forma”. Os policiais vão fazer assembléias nos próximos dias e segundo seus representantes está de qualquer forma marcada paralisação para os dias 22, 23 e 24 de maio.
A proposta do secretário Sérgio Mendonça para os policiais é que o governo está disposto a dividir os 30% entre 2008 e 2010, o que foi rejeitado por todas as categorias da Polícia Federal, representadas no encontro. Mendonça explicou que “o governo está tentando compatibilizar as diversas negociações com os servidores públicos e os realinhamentos dentro de tabelas compatíveis com os objetivos do Programa de Aceleração Econômica (PAC). Existe um teto para a expansão das despesas com pessoal”, segundo o secretário, “por isso não pode formular proposta em particular para a Polícia Federal”.
Ele disse que “a proposta da PF é legítima” mas acha que “nesse momento estamos muito longe de um ponto de equilíbrio nessa discussão”. Na segunda feira o secretário deverá se encontrar novamente com os policiais federais. Em relação à proposta do ano passado de aumento de 60% Mendonça diz que ela não foi nem um erro nem um engano. Ocorreu segundo sua versão “dentro de um contexto de comparação com os salários do Ministério Público Federal, usando-se um parâmetro que não cabe no caso da PF uma vez que estamos falando de padrão salarial muito bom”.
“Com esse padrão podemos recrutar através de concurso os melhores quadros no Brasil para uma polícia de alto nível”, acentuou o secretário prevê a possibilidade de um acordo nas próximas 2 ou 3 reuniões.
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