Fonte: Agência Sindipol/DF
Terrorismo no Brasil! Poucos sabem ou acreditam, mas existe e tem se espalhado. Grupos são investigados pela Polícia Federal, como o que foi encontrado em São Paulo, pela operação Mendaz, planejada com discrição e que menciona desbaratamento de uma rede de CPFs falsos, montada para enviar dinheiro para fora do país, sem identificação dos destinatários, para investir em uma das redes de terrorismo mais perigosas do mundo. A operação cumpriu 18 mandados de busca e apreensão. O material está sendo analisado.
Segundo denúncia no site da revista Época, a operação foi conduzida pela Diretoria da Inteligência da PF e acompanhada pela Embaixada dos Estados Unidos, sob o comando de Steve Moore, agente do FBI. No dia 28 de agosto, às 6 horas da manhã, os policiais arrombaram 14 cadeados que trancavam o portão de ferro de uma casa no bairro do Pari, conforme relato do veículo. O grupo analisado é suspeito de movimentar ilegalmente mais de R$ 50 milhões, nos últimos cinco anos, defender a morte do presidente americano Barack Obama e o Estado Islâmico.
O principal suspeito, o libanês Firas Allameddin, tentou, em 2009, que o governo o reconhecesse como refugiado, em vão. Nas redes sociais, ele e os comparsas publicam fotos em defesa dos atos terroristas e divulgam um provável alastramento do movimento pelo mundo.
De acordo com a decisão que autorizou as buscas, a rede utilizava informações falsas para obtenção de documentos para criação de pessoas físicas e jurídicas fantasmas, para operações de câmbio, remessa e saque de valores no exterior.
As investigações partiram do egípcio Hesham Eltrabily, radicado no Brasil desde 2002, que teve pedido de extradição, pelo Egito, negado pelo Supremo Tribunal Federal, em 2003. O sujeito é acusado de terrorismo e parceiro comercial de Allameddin.
Além dessa, outra operação encontrou conexões com o terrorismo no Brasil. Marcelo Bulhões, que não agia com discrição, membro da comunidade mulçumana sunita, em Brasília, vendia informações, a quem apresentasse interesse, sobre mulçumanos, embaixadas e agências de inteligência, de acordo com os investigadores.
O perigo está na falta de legislação brasileira antiterrorismo. Se aprovado o Projeto de Lei que tramita no Senado – já aprovado na Câmara – haveria pena de até 13 anos de cadeia para o caso.
Há necessidade de definição em lei, por parte do Congresso Nacional, do que se trata um atentado terrorista, o que configura apoio aos movimentos espalhados pelo mundo e apologia a essas causas. Destaca-se que há receio quanto ao enquadramento dos grupos sociais nesse tipo de crime, se aprovado. A Justiça brasileira segue enquadrando-o com penas leves, em outras leis já existentes.
Fonte: Polícia Federal descobre rede de apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo
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