Fonte: O Estado de S. Paulo
Conhecido como El índio, colombiano de 44 anos era procurado não só pela venda de drogas, mas por corromper juiz em seu país.
A Polícia Federal prendeu na noite de sexta-feira o traficante colombiano John Freddy Manco Torres, mais conhecido como El Índio, de 44 anos no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) no Rio. El Índio é procurado na Colômbia sob acusação de comércio de drogas e de ter corrompido um juiz para ficar livre de processo penal. O juiz foi condenado a 16 anos de prisão.
O traficante colombiano foi surpreendido quando desembarcava com documentos falsos. A PF trabalhou em parceria com o Serviço de Inteligência da Colômbia. O escritório da PF em Madri, na Espanha, recebeu alerta da passagem de El Índio pelo Aeroporto Internacional de Barajas e avisou o Brasil sobre o horário exato de seu desembarque no Rio.
Agentes da PF no exterior informaram ainda que El Índio viria no voo Ibéria 6025. Fotos e imagens do traficante circulando pelos saguões de Barajas foram enviadas para a PF no Brasil, facilitando o reconhecimento.
A Polícia Federal informou que a ficha de El Índio aparece na Difusão Vermelha – cadastro dos mais procurados pela Interpol, a polícia internacional com ramificações em mais de 180 países de todo o mundo.
Seu nome também consta da Lista Clinton, dos Estados Unidos, índex de pessoas físicas e empresas sob suspeita de lavagem de dinheiro do narcotráfico o documento foi criado em 1995, por ordem do presidente americano Bill Clinton, na estratégia de combate aos cartéis que enviam remessas de drogas para a América.
A PF informou que, ainda muito jovem, El Índio ocupou o posto de número 2 na hierarquia do Cartel de Medellín, que, até os anos 1990, foi uma poderosa organização do tráfico na Colômbia. Mais tarde, com os principais líderes aprisionados, a rede de traficantes perdeu força e se dividiu.
Extradição., Para obter o passaporte espanhol que El Índio utilizava, foram enviados dados falsos às autoridades em Madri.
Agentes do Corpo Técnico de Investigação da Colômbia já haviam detido o traficante em 2008. A Colômbia classifica El índio como braço direito da organização liderada por Daniel Rendón, investigado como um dos novos chefes do narcotráfico colombiano.
Ainda de acordo com o serviço de inteligência da Colômbia, El índio trocava drogas por armas em diversos países da América Central.
Depois do flagrante no Aeroporto do Galeão, o acusado foi levado para o Presídio Ari Franco, em Agua Santa, na zona norte do Rio de Janeiro. A Colômbia deverá pedir sua extradição.
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