Fonte: Século Diário
A Transparência Capixaba divulgou na manhã desta quinta-feira (3) uma nota contra o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM). A ONG critica a iniciativa do prefeito que desembolsou R$ 200 mil para o município sediar o VI Congresso Nacional dos Delegados da Polícia Federal.
Segundo a nota, o prefeito, que é delegado federal, alega que a justificativa para o patrocínio é o retorno que Vila Velha terá com o evento. O problema é que tanto a abertura do Congresso quanto a hospedagem dos 250 Delegados Federais será em Vitória e os participantes irão a Vila Velha apenas para acompanhar as atividades da programação, que somam no total 17 horas.
Para a Transparência, Rodney está ajudando sua entidade de classe com dinheiro público. “Não há benefícios para o município canela-verde. O próprio portal do evento na internet ignora o patrocínio da PMVV, inserindo apenas a logo da faculdade que sediará o Congresso”, diz a nota.
Ainda, segundo a nota, os gastos do município com o evento superam estimativa de gasto por turista. Em pesquisa de “Hábitos do Turista” encomendada ao Instituto Futura pelo governo do Estado, em 2010, o gasto diário do turista foi de R$ 69,85 por dia, deixando o gasto acima das expectativas de gasto do próprio governo do Estado.
A entidade alerta ainda para o conteúdo do evento, que somente tratará em resumo de questões classistas, sem representação popular ou da entidade civil, como ocorre nos eventos que se propõem a tratar do interesse público. Na nota, a ONG destaca que no mesmo período será ralizado em Vitória evento de segurança pública com presença da ministra Eliana Calmon e do pesquisador Luiz Eduardo Soares. “Este outro seminário é patrocinado integralmente pela iniciativa privada. Não há subsídio público”, diz a nota.
A entidade destaca ainda que o que considerou mau uso do dinheiro público em um município que sofre com problemas sociais e estruturais. “Defendemos que o patrocínio a eventos deve ter regras claras, transparência e demonstração inequívoca de retorno financeiro para o município, sob pena de ferirem a moral e os princípios elementares que resguardam o interesse público. Solicitamos, pois, pronta e eficaz intervenção dos órgãos de controle e do Ministério Público”, afirma a Transparência.
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