Fonte: Sindipol/DF
Apesar do balanço positivo da secretaria de Segurança Pública – na figura do seu secretário, Sandro Avelar – o 7 de setembro na capital federal ficou marcado por atos de violência da polícia e de manifestantes. O Governo do Distrito Federal montou um forte esquema de segurança em torno do Estádio Nacional Mané Garrincha, onde as seleções do Brasil e da Austrália se enfrentaram. Para não deixar os protestos se aproximarem do estádio, soldados da Tropa de Choque da Polícia Militar utilizaram bombas de efeito moral, jato d’água, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha.
O movimento ocorreu em protesto à falta de transparência e os gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo. “Algumas pessoas falam que as obras vão ficar para a população, mas os mais de R$ 2 bilhões gastos no estádio não serviram para a população pobre da periferia, que sofre com a falta de escolas e de saúde”, disse o integrante do movimento Levante Popular, Francis Rocha, ao G1.
Prisões e truculência
No dia anterior (06), cinco pessoas que participaram de uma manifestação (Grito dos Excluídos) foram presas. Segundo relatos de integrantes da manifestação, esses cinco tinham o pedido de habeas corpus feito pelos seus advogados, mas o mesmo não foi assinado até a noite do dia 07, pois o juiz estava assistindo o jogo do Brasil, no Estádio Mané Garrincha.
Cerca de 50 pessoas foram presas no feriado. Desse montante, 35 eram adultos e foram para o Departamento de Polícia Especializada; 15 menores foram encaminhados para a Delegacia de Crianças e Adolescentes.
De acordo com Sandro Avelar, os principais motivos das prisões foram danos ao patrimônio público, desacato e agressão. No entanto, foram registrados flagras durante a mobilização de atos truculentos da Polícia Militar. Repórteres fotográficos que faziam a cobertura das manifestações foram massivamente reprimidos com as mesmas ferramentas de contenção. Neste momento, a liberdade de imprensa ficou em cheque e vários jornalistas foram direcionados ficaram feridos. Até mesmo cães foram usados para contê-los.
Um flagra do fotógrafo do jornal O Estado de São Paulo mostra três policiais agredindo com cassetetes, socos e pontapés dois jovens, no Setor Hoteleiro Sul. Dos rapazes já estavam rendidos e ajoelhados no chão.
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