Não existe o topo da pirâmide para nenhum ser humano
Por Maria Helena Omena – Psicóloga Clínica do SINDIPOL/DF
É sabido e sentido por qualquer pessoa que a falta de reconhecimento, valorização, o estímulo à competitividade destrutiva com cobranças, barganhas e exigências em qualquer nível, quer sejam vertical, horizontal ou ascendente, com autoritarismo, com comunicação defeituosa, ausência de uma política de relações humana, rivalidade dentro dos setores, falta de consideração e respeito, são fatores estressantes. Todos eles geram perda da auto-estima, tensão e afastamento de todo ou qualquer contato gerador do desequilíbrio psicofísico.
Sendo o trabalho fonte de dignidade da pessoa humana, reduzir tal dignidade à zero é adoecê-la, é pensar não fazer parte dessa teia humana. Assédio Moral ou Agressão Psicológica gera um sofrimento invisível e uma invasão progressiva no território psíquico do outro na relação domínio-submissão. É possível para quem detém o poder, criar ou modificar normas ou condições de trabalho, objetivando a manutenção de seu controle por meio da gestão sob pressão. O Psicoterror no trabalho pode ter início quando o subordinado reage ao notado autoritarismo no excesso de poder da direção ou comando, conflitando com a dignidade da pessoa humana do trabalhador, iniciando assim um processo de desvalorização e desqualificação da vítima. Assediar Moralmente é agredir o direito de personalidade, intimidade e privacidade frustrando sonhos e conseqüentemente diminuindo a produtividade do trabalhador. É romper e degradar o equilíbrio da empresa além de danos pessoais, o trabalhador somatiza resultando em sofrimento visível, gerando afastamento, depressão e até suicídio. Saúde gera saúde e muito provavelmente quem adoece está adoecido.
Segundo Marie-France, a escolha do termo moral implica uma tomada de posição entre o bem e o mal, do que se faz, do que não se faz e do que é considerado aceitável ou não, sobrando para as vítimas o sentimento de terem sido maltratadas, desprezadas, humilhadas e rejeitadas.
A prática da empatia é fundamental para que se possa viver o aqui e o agora, num tempo de globalização.
Qualidade de vida em ambiente sadio resguarda a saúde física e mental do ser humano, levando-o ao aumento da produtividade, a oportunidade de desenvolvimento profissional e da capacidade humana, da preservação da auto-estima e valorização das atribuições pessoais em qualquer relação, quer sejam no ambiente social, pessoal ou profissional.
Fontes de Pesquisa:
GUEDES, Márcia Novaes, Terror Psicológico no Trabalho – 3.ed. – São Paulo: LTr, 2008;
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