Fonte: Sindipol/DF
Apesar de ter sido criada há menos de uma semana, a Delegacia do Aeroporto Internacional de Brasília, da Polícia Federal, já demonstra dificuldades. Neste último domingo (20), apenas um Agente Federal estava escalado para trabalho.
No aeroporto, os Policiais Federais são responsáveis pela segurança no embarque e desembarque internacional, verificam a entrada de drogas, armas, entre outras atividades. Neste domingo, por haver apenas um Agente escalado, parte desse trabalho não pôde ser realizado.
Durante a tarde, um outro policial se deslocou às pressas para o local, sem estar escalado e sem ter experiência no trabalho. O mesmo sequer teve acesso a uma senha de acesso para auxiliar na tarefa de imigração.
Atualmente as equipes estão desfalcadas e com o número médio de três policiais por plantão. O mínimo para que a prestação do serviço seja adequada são oito Policiais.
Licenças, férias e outros casos são alguns dos motivos para que apenas um policial tenha feito plantão no Aeroporto. No entanto, a situação revela um cenário ainda mais caótico: a má gestão no Departamento de Polícia Federal.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF (Sindipol/DF), Flávio Werneck, a situação dos aeroportos do Brasil é extremamente preocupante, principalmente com a proximidade de grandes eventos internacionais. “A segurança dos aeroportos internacionais tem que ser levada a sério pelos gestores. Trata-se de atribuição de polícia de soberania, que pode afetar diretamente a segurança do país, notadamente durante os próximos eventos”, informa.
Terceirização
Werneck também alerta para um outro grande problema que afeta a segurança dos aeroportos do Brasil e pode trazer grandes malefícios para a sociedade. “[No aeroporto] funcionários terceirizados estão fazendo, irregularmente, o controle de entrada e saída de passageiros em voos internacionais. São profissionais sem vínculo institucional com o DPF e que estão tendo acesso ao banco de dados de todos dos brasileiros. Ainda podemos ter implicações mais graves, como a entrada de estrangeiros sem o preenchimento de todos os requisitos e, em casos extremos, procurados internacionais”, explica.
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