Sargento, acusado de participar de assassinato de agente federal, é preso
PM de batalhão de Bangu é acusado de ligação com máfia dos caça-níqueis
Policiais federais prenderam ontem, por volta das 6h, em Iguaba Grande, o terceirosargento PM Luís Henrique de Carvalho, de 34 anos, lotado no 14oBPM (Bangu). Ele é suspeito de participação no assassinato do agente federal Aluísio Pereira dos Santos, ocorrido no dia 31 maio passado, em Realengo. Ele teria sido morto por engano pelo PM, acusado de trabalhar para a máfia de caça-níqueis. Na verdade, o alvo seria um policial civil. De acordo com as investigações da PF, o terceirosargento é chefe da segurança do contraventor Rogério Andrade.
Segundo a Polícia Federal, Carvalho estava numa casa com a família e não reagiu. Ele estava afastado de suas funções no 14oBPM porque havia pedido reforma (aposentadoria) por invalidez.
— O agente federal foi abordado por quatro homens armados que, provavelmente pensou que fossem bandidos porque não estavam vestidos de policiais. Ele teria reagido e foi morto com dois tiros — contou o delegado federal Vítor César Santos.
Policial também é citado em Operação Gladiador O terceiro-sargento também foi denunciado pelo Ministério Público federal na Operação Gladiador, que apura crimes atribuídos à máfia dos caça-níqueis.
Durante essa operação, desencadeada na última sexta-feira, foram pedidas as prisões de 19 pessoas. Entre elas, as dos contraventores Rogério Andrade e Fernando Iggnácio, além do então comandante do 14 oBPM, coronel Celso Nogueira.
Os dois bicheiros já estavam presos. O oficial foi detido logo após ter sido exonerado do cargo devido à prisão de 40 policiais de seu batalhão suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas em outra operação da Polícia Federal.
Na investigação da PF, o coronel é acusado de ter se encontrado numa churrascaria na Barra com o bicheiro Fernando Iggnácio, quando ele era foragido da Justiça. Do almoço também teria participado o Marcos Paulo Moreira da Silva, o Marquinhos Sem Cérebro, exfuzileiro naval, acusado de ser chefe do braço-armado da quadrilha de Rogério.
O terceiro-sargento Carvalho é suspeito de integrar a quadrilha de Rogério, que foi preso em setembro numa blitz da Polícia Federal na Rodovia Rio-Petrópolis.
O contraventor está condenado a 19 anos de prisão pelo homicídio do primo dele, Paulinho Andrade.
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